Rastros, restos, vestígios de passos,
marcas latentes que trago comigo.
A trilha que sigo é farta em perigos,
falsos abrigos, sedutoras escolhas.
Quantos atalhos, desgastantes conflitos,
e ainda que doa, restou como herança,
cicatriz dolorida, pesada medalha,
profunda ferida, testemunha de um tempo
repleto de constrangimento.
Maculei os meus templos, me perdi de Você.
Vultos, contornos, silhuetas sombrias
impregnadas de lembranças,
muitas batalhas, muitos foram os inimigos,
solidão que eu trago dentro do peito...
E no frio da noite, e no frio dos dias,
a lágrima que escoa, não poupa, não perdoa.
Condenei-me ao desterro
por saciar minha fome no banquete dos tolos,
e não faz muito tempo, desonrei minha espada
ao sangrar Vossos filhos.
Pelos campos cruzados violei o sagrado,
profanei meu caminho, e agora em desterro,
me embaraço nas teias que eu mesmo urdi.
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