sábado, 13 de julho de 2013


In:
Ana Paula Nocete

Nossa (minha) canção


Dos sabores que sinto falta
Sua boca é o primeiro
Saliva morna, loucura incauta
De entrega e beijo inteiro

Mas em disputa acirrada
Vem em seguida nossa melodia
Cacofonia ou sinfonia adorada
Que você me segredava todo dia

Seu abraço com cheiro de casa
Aconchego, morada e fortaleza
Seus pés no chão me davam asa
Lugar de pouso e certeza

Sua voz era doce alento
Todo dia uma nova canção
Era a musa do seu tormento
Era a paz do seu coração

Mas das páginas do meu livro
Você simplesmente se arrancou
Nada de epílogo, ou personagem vivo
Todos morreram, a história findou 

Se uma última palavra tivesse contigo
Seria a ti uma pergunta, última questão
Qual foi meu erro, mereço castigo?
Porque se foi sem explicação?

Eu que acreditava escalar uma montanha
Estou agora em queda livre no abismo
E diante de derrocada tamanha
Me resta em puro e justo egoísmo
Mesmo podendo ser chamada tacanha 
Tornar só minha nossa canção em um derradeiro sofismo

In:

Então tá...


Não me provoque
que te ponho no avesso.
Não me seduza
que eu te embolo sobre meus lençóis.
Não me olha lascivo
que eu te seduzo apenas com um riso.
Não mexa nos meus dessentidos
que eu te enlouqueço num só gemido.
Não sussurra em meus ouvidos
por que...

... se, eu tiver de morrer te tesão, só,
não morrerei, te mato junto à mim.

Ah...
mas, volta outra vez!
(12-07-2013)

In:

"A vida sempre nos mostra, cedo ou tarde, o que a nossa intuição tentou nos avisar. Somos sempre avisados, basta que tenhamos sensibilidade para ouvirmos os avisos".

Thaís Fernanda

In:

"Ode" ...À Poesia...

Foto da Net


Poesia não é só alegria
Odes cantadas às ninfas e amantes
Escrita doce enviada a amores distantes.
São dela também as palavras de dor...
Ira... revolta... E amanhã, tal como dantes
Amanhecerá com ela um dia melhor. 







O Detalhe é a Palavra - Rodolfo Pamplona Filho



O detalhe é a palavra
Esta é a diferença
entre gostar e amar,
entre simpatizar e se encantar,
entre flertar e seduzir,
entre chorar e sorrir...

O detalhe é a palavra
Esta é a diferença
entre ser parente e ser amigo
entre ser herói e ser bandido
entre ser mestre e ser professor,
entre ser amante e ser amor

O detalhe é a palavra
Esta é a diferença
entre cogitar e fazer,
entre viver e sobreviver,
entre sonhar e querer,
entre ter e verdadeiramente ser...


Puerto Varas-Chile, 02 de julho de 2012.



Eu perguntei ao tempo...
Como esquecer essa dor...
De Amar e não ser amada...
Ele respondeu...
Deixe me passar...
Um dia voce aprende...
Porque é loucura amar sem ser amada !

*Bruxarms*

In:

Quem sou?


Sou mulher ou sou menina...
Sou flor ou sou sereia...
Sou fada ou sou bruxa.
Sou linda ou sou feia...
Sou quem erra quando busca acertar...
Ou quem acerta quando não quer nem tentar...
Que diz palavras pesadas com a leveza do ar...
Ou palavras amenas com a força de um trator...
Canto a vida e a dor...
Choro e sinto amor...
Sou início, meio e fim..
mas enfim, quem sou?
Sou mulher...

Viviane Dick

In:

Desilusão do Coração...


Andei tecendo caminhos incertos
Construindo castelos de sonhos
Endeusando estátua sem coração
Ansiando o conforto da luz do teu olhar
Onde na verdade só havia escuridão
Andei sorrindo, disfarçando a minha dor
Encurralando meus gritos abafados
Encharcando a alma de lágrimas frias
E na insana abstinência de mim mesma
Entorpecida no veneno da ilusão
Me perdi no intenso deserto de amor
E adormeci nos braços da eterna solidão.


(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)

In:

Te amo como nunca amei
Outra pessoa.

Meu amor por ti é paciente,
pois por ti espero o tempo que for necessário.

Meu amor por ti é suave,
pois descansa no brilho do teu olhar.

Meu amor por ti é simples e natural,
pois só de pensar em ti eu me alegro.

Meu amor por ti...

Meu amor por ti é nada disso!
Pois meu amor é tão puro e sincero
que não à como explica-lo com palavras.

A unica coisa que explica esse amor
é o silencio de um olhar entre nós dois.


Lincoln F. Quirino

In:






"A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
e é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
e quanto isso me basta."


Fernando Pessoa

In:


É em ti que me vejo 
quando me imagino nas asas do desejo 
é em ti que se tortura o meu pensamento 
é em mim que tuas mãos são meu tormento
é a tua boca, o teu beijo que me vicia 
é esse degustar-te e ter-te em meus braços
provar-te em pedaços e num todo que me arrepia
quero o teu corpo a tua indecência com urgência
quero-te e à tua essência que são a minha dependência
delicioso o teu corpo no meu, encaixe viril perfeito
em mim onde te pulsas em ti delírio onde vibro e me remexo
necessito-te... vem e ama-me de qualquer jeito
quero os meus olhos a ver a chama nos teus 
enquanto te arrepias do orgasmo intenso
enquanto gemes te contorces e definhas 
enquanto na tua pele cravo as minhas unhas 
Vem... toma-me de qualquer jeito 
a qualquer momento, em qualquer lado
quero-me tua sem preconceito
faz-me... teu mais saboroso pecado! 


Ângel Magalhães


quinta-feira, 11 de julho de 2013


(...) Eu sou o caule
dessas trepadeiras sem classe,
nascidas na frincha das pedras:
Bravias
Renitentes
Indomáveis
Cortadas
Maltratadas
Pisadas
E renascendo.

De: Cora Coralina 

In:

Metamorfose!!!


E entre magia e realidade
Eu me desfaço em poesias
Porque de dia sou mulher
Cheia de vontades e malícias
Sou tempestade, sou vulcão
Sou liberdade na alma
Sou destino, sou melodia
Sou o intenso do teu coração
Mas de noite... Ah! De noite...
Sou uma fada encantada
Sou magia, sou sedução
Sou fantasia, sou o imaginário
Sou mistério jamais revelado
Sou uma doce ilusão do teu coração.


(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)

In:

Estocadas atrozes...


Puxo e repuxo 
como um chacal
em um ciclo completo.

Mordo e assopro, 
a loba gane e geme.
Se eu tinha a esperança 
que acabasse bem,
essa esperança acabou no exato
momento que desligamos a música.

Sexy, a cadela vem novamente.
O coito é atroz.
Foi bom?
Não importa;
seguimos nossa verve.
Verve?

Resfolegados, instamos a mordiscar
um biscoito qualquer,
antes da voraz próxima vez.


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Tênue teia...


Construí meu abrigo nuclear
A brisa o desfez
Me preparei para a tempestade
A garoa beijou meus cabelos
Fortaleci os muros do meu castelo
E por fissuras ínfimas brotaram flores
O dique se rompeu
E no início era um filete d’água
A mais poderosa das forças 
É a sutileza...
Como a aranha que tece sua teia
Fina, delicada, suave seda
Mais forte que o aço
Acreditei que estava imune
Incólume, ilesa
Leso engano
Meu erro foi usar a armadura
Quando ele veio em forma de música
Meu equivoco foi construir um forte
Quando ele veio em forma de saudade
Inaudível... Gritante
Invisível... Brilhante
Insensível... Vibrante
Como o sol que entra sem ser convidado
Basta achar uma fresta...
Onde se proteger
Do que sutilmente mora em minha alma
A tênue linha que separa o que esqueci
Do que ainda lembro...


Laisa Ricestoker

In:

Você...


Encontrei em você um sabor
Que me enlouquece e
Desgoverna todo o meu ser
Existe em você
Algo mágico e envolvente
Que me tira do sério e
Faz-me sempre te querer...
E querer cada vez mais.

Envolvo-me com a sua
Ternura... Seu jeito de ser
De se achegar de mansinho
Ocupando meus espaços
Sinto seus beijos
Que me encantam...
Doce magia.

O abraço gostoso
Que me aquece
Dá-me proteção...
Não deixa cair.
Eu sinto em você...
A emoção mais profunda
Que eu gosto de ter!

(Sandra Anjos)

In: 

LINDA LIÇÃO DE MORAL!



Uma academia colocou um outdoor em São Paulo que dizia o seguinte:

Neste verão, qual você vai ser? 
Sereia ou Baleia?

Uma mulher enviou a eles a sua resposta e distribuiu o seguinte email.

"Ontem vi um outdoor com a foto de uma moça escultural de biquíni e a frase:
 
Neste verão, qual você vai ser? 
Sereia ou Baleia?

Respondo:

Baleias estão sempre cercadas de amigos. 
Baleias tem vida sexual ativa, engravidam e tem filhotinhos lindos. 
Baleias amamentam. 
Baleias andam por ai cortando os mares e conhecendo lugares legais como a Antártida e os recifes de coral da Polinésia.
Baleias tem amigos golfinhos. 
Baleias comem camarão à beça. 
Baleias esguicham água e brincam mto. 
Baleias cantam mto bem. 
Baleias são enormes e quase não tem predadores naturais.
Baleias são bem resolvidas, lindas e amadas.

Sereias não existem...
Se existissem viveriam em crise existencial: Sou um peixe ou um ser humano? Não tem filhos, pois matam os homens que se encantam com sua beleza.
São lindas, mas tristes, e sempre solitárias...
Querida academia, prefiro ser baleia!"

(A referida academia retirou o outdoor na mesma semana!)

Muitas vezes o ser humano se importa tanto com o exterior de uma pessoa (criticando a gordura), a posse de bens materiais, e esquece que o mais importante é o interior, os sentimentos daquela pessoa... 
Vamos valorizar mais o que somos, e não o que os outros visualizam, cada um sabe como quer estar ou fazer de si... 
E só assim seremos felizes.



Uma aventura de amor 
Momentos, situações, olhares 
O beijo, o toque da carne, o prazer 
Guardado na memória deste sempre 
...Mas os caminhos as vezes separa... 
E quem sabe um dia se encontrarem 
Pode ser que... 
O beijo, O toque da carne, o prazer... 


Adriano Ferris

In:


Nas explosões sustenidas do meu silêncio
Vejo o fogo morto de canções sufocadas
Fumaça preta de sussurros engolidos
Notas musicais furadas com uma faca cega
Sangue preto que pinta um papel branco...
Batidas que partem um fio sonoro de um passado
Ensurdecedor e insuportável
Solos de uma solidão afinada em Dó maior
Tom máximo de uma piedade sinfônica
Um rastejar nas claves sangrentas
Peçonhentas e nojentas
Mendigos que assobiam minuetos
Abandonados que cantam em dupla
O eu e o mim: falam a língua das flautas
Semínimas que deram o seu máximo
Para fazer sangrar o som do desacreditado
Corpos que são instrumentos de um sopro
Tuberculoso e cheio de cavernas nos pulmões
Tocados por um deus que bate tambor
Com rancor
Partituras escritas com o sangue de uma paixão
Traços que arrancam as almas dos violinos
Maestro que padece num leito há anos
Rege os absurdos com a força de um pensamento mudo
Coral de surdos que canta a fraqueza de vozes
Afogadas numa bacia cheia de silêncios picotados
Cortinas rasgadas
Trombones engasgados
O som de um beijo negado que sai de uma lembrança
Música que asfixiava os gemidos comprados
Pelo fascínio de uma volta mentirosa
Chuva rubra de reticências musicais
O solo da mágoa que mistura com as vozes
Veladas, veludosas vozes de violões
Que não choram
O que chora mesmo é o pensamento.
Ele se contorce no chão
Birrento ao extremo
Os sons se resumem em batidas
Duplas e sequenciais:

Tum-Tum
Tum-Tum

O coração é o instrumento
Mais perfeito que existe
Mas tocado sempre
Em Dó Maior.


By Jackson Pedro

In:


Nunca mais faço castelos em cima de pessoas. 
A partir de agora eu só construo pontes até elas. 
Que é pra quando elas forem embora eu ter pra onde voltar.

In:
“Aprenda a se preservar. A falar pouco ou quase nada.
Aprenda que coisas do coração são coisas sagradas, 
e só devem ser ditas a quem irá ouvi-las com
 carinho e ficar feliz junto contigo. 
Alguém que, ao ouvir que algo te incomoda, vai torcer muito para que isso passe, e que você supere. 
Desabafo a gente faz a quem torce verdadeiramente para que os ventos mudem, e os bons caminhos apareçam na nossa frente.”

In:

quarta-feira, 10 de julho de 2013

E agora faz parte de mim...




Construo imagens que não existem e dou a elas nomes que não podem ser pronunciados. Misturo notas musicais dentro de uma caixa de remédio vencido e me arrepio com os sons que se formam... parecem unhas arranhando uma parede de um hospital feito para pessoas saudáveis. Templo sagrado onde os hipocondríacos, com orgulho, desfilam com as suas radiografias exibindo pneumonias imaginárias e carências reais. Uma explosão de manias bestas que andam abraçadas com hábitos bobos.
Agarro o invisível e acaricio os cabelos de uma realidade que molhou a minha boca mas não matou a minha sede. Pego algumas descrenças que estão esparramadas no sofá e coloco dentro dos meus bolsos furados. Passo um pano úmido nas vidraças quebradas do meu orgulho e tiro a poeira de um passado que estava coberto por um pedaço de tecido vermelho. O pano cai no chão e fica ensopado com a água suja que escorreu de uma tranquilidade que eu encostei na parede. O passado me abraça e distribui agulhadas na pele manchada de uma superação velha que respira através de aparelhos antigos. Entubada até a alma por uma esperança que apresenta buracos grandes em sua estrutura outrora impecável. Não... ela não respira. Os aparelhos foram desligados pela minha teimosia e pela minha consciência que sabe que valores são os mais descarados folclores que existem. Fecho os meus olhos e respiro os ares de uma época em que eu gostava de acordar cedo e amava assistir ao amanhecer dentro de um ônibus lotado. 
Unhas que arranham a parede de um hospital feito para pessoas saudáveis...
O consultório... a cara de piedade do terapeuta... O desfilar de enfermeiras obesas que falam cuspindo e que bebem nos centros cirúrgicos como se eles fossem bares de quinta categoria.
Ando pela casa procurando por coisas que eu não perdi...
Vou à rua e encontro coisas valiosas que foram perdidas por pessoas idiotas. 
Eu só encontro porque não procuro. Eu só perco porque protejo demais. Perda é eufemismo de proteção. Zelo é colocar uma placa oferecendo ao próximo o que não se consegue manter sem paranoias e sem neuroses.
Abusos gordos que têm vozes de mulheres magras. Rostos finos que têm feridas abertas nas testas. Um cheiro insuportável de carboreto que sai dos cabelos de putas doentes que eu fiz questão de levar para casa e apresentar aos meus pais como noivas. Absurdos que usam sapatilhas e que giram no ar dos meus desesperos e que caem nas lágrimas que eu deixei pelo caminho... Uma voz me acorda. Preciso ver o amanhecer dentro de um ônibus cheio. Não é Fácil. A minha alegria chegou no trabalho antes de mim. Ela usa aparelhos nos dentes. Suas mãos tem pedaços de ânimos que ela passa em meus cabelos. Eu choro por saber que o presente é o passado do futuro.
Amanhã eu falarei dela para outra.
Da outra para outra.
E de todas para a morte.
Alguns absurdos que eu vivi não têm nome. Mas as minhas negações têm vários sinônimos... Os meus medos possuem milhares de apelidos semelhantes. Vejo a frustração rebolando sem deixar o bambolê dos meus equilíbrios cair. Eu sei que um dia ele cairá. O que eu vou fazer? Não sei...
Talvez oferecer a minha carne para a enfermeira que fala cuspindo... preciso de curativos para as minhas lembranças. As infecções que eu carrego em meus flashbacks são perigosas.

Se você para pra pensar, o Alzheimer não é um mal.

In: