terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Lua Cigana

"Impossível explicar o porque de uma lágrima
quando ela deságua da alma...
é necessário que conheça essa alma para entender."

Quer me ganhar ?



Quer me ganhar ?
Humm, não é tão difícil assim, quer tentar?
Vamos lá!
Pra começar, que me ame pra valer o tempo que durar.
Jamais mentir pra me agradar nem tampouco pra me enganar.
Fazer sempre uso da verdade sem pestanejar!
Adorar ficar comigo a papear, sem nem notar o dia clarear.
Acordar todos os dias cheio de amor pra dar...
Beijar muito na boca sem sentir o tempo passar.
Fazer um sexo bem gostoso e, no final, a vontade de tudo recomeçar!
Por onde passar deixar o rastro de seu perfume no ar...
Transmitir muita ternura no olhar sempre ao me ver chegar.
Às outras mulheres até admirar, mas somente a mim desejar!
Tratar de me acalmar se acaso irritada eu ficar.
Apreciar meus dotes culinários toda vez que eu me atreva a cozinhar!
Que me ache divina e maravilhosa ao acordar, por mais amassada que a minha cara possa estar...
Por mim esperar sem reclamar, enquanto eu estiver a me enfeitar!
Não fumar, afinal foi o maior sacrifício pra eu conseguir parar.
Que me julgue mulher suficiente pra lhe bastar.
Que me aceite como sou, sem tentar me consertar.
Que eu me sinta protegida ao seu lado, pois sei que de mim estará a cuidar.
Dialogar sempre pra não deixar nenhum ressentimento acumular.
Apenas me desejar, sem com a idade se importar...
Me faça rir, afinal, humor é fundamental!
E por último, que sorria de todas essas bobagens, pois saberá muito bem, que amar é vital como respirar, acontece sem se notar, e, ao findar, de nada adiantará o coração tentar reanimar...


Helô Müller

Volta...

"Volta até mim no silêncio da noite
a tua voz que eu amo, e as tuas palavras
que eu não esqueço. Volta até mim
para que a tua ausência não embacie
o vidro da memória, nem o transforme
no espelho baço dos meus olhos. Volta
com os teus lábios cujo beijo sonhei num estuário
vestido com a mortalha da névoa; e traz
contigo a maré da manhã com que
todos os náufragos sonharam."


By
Nuno Júdice
art"rolland flinta"

In:

Vendaval...

Meu coração quebrou. 
Era um cedro perfeito; 
Mas o vento da vida levantou, 
E aquele prumo do céu caiu direito. 

Nos bons tempos felizes 
Em que ele batia, erguido, 
Desde a rama às raízes 
Era seiva e sentido. 

Agora jaz no chão. 
Palpita ainda, e tem 
Vida de coração... 
Mas não ama ninguém. 


By 
Miguel Torga
art" vladimir fedotko"

In:

Obrigada...

Fizemos dias felizes,
Partilhei alegrias e tristezas,
Abracei, como se fosses meu.
Completei-me em ti,
Nossa fortuna…o Amor.
Olhos iluminados,
Caricias sem palavras,
Entreguei-me…
Obrigada, meu amor,
Fui feliz.

Verdade

Grito bate na morte,
Leva reza que fiz a Deus.
Não sou a razão,
Sou eu que digo Adeus.
A asa que me deste,
Devolvo-a meu anjo,
Precisas das duas asas, 
No voo da tua liberdade.
A vida espera-te,
Hoje parto poeta,
De mim para ti,
Apenas ficou,
Meus versos de Amor.

By 
Céu Pina

In:

Pedra...

Caminho sozinha,
Não espero ninguém,
Piso histórias.
Caladas...
Debaixo dos pés,
Brilham como olhos,
Num silêncio de palavras.
Pedra...
Não sofre,
Não chora,
Não sente,
Não mente,
Não abandona,
Não Ama,
Não morre.
Fica a onde está,
Cheia de destinos.
Sussurram solidão,
Ruas sem vida,
Desencaminham um futuro.
Vento chora,
Tempo perdido,
Sobre ruínas.


By Céu Pina

In:

Sobre Flores e Pessoas



Lembro de uma história antiga, contada num livro antigo, um romance da segunda guerra mundial. O episódio, que os cientistas garantem que realmente ocorreu e que ainda pode ocorrer, se passou em algum lugar do norte da África. Terra seca, de muita pobreza e, por conseqüência, terra de fome em tempo de guerra. O que aconteceu foi que durante os meses de seca o vento soprou constantemente sobre a areia do deserto e sobre os rostos de seus moradores. Isso foi assim, durante tantos dias, que parecia não ter fim.
Até que chegou a chuva. Choveu longa e mansamente por toda a madrugada. Na manhã seguinte, daquelas que, como diz o poeta, sem nuvens depois da chuva, o escritor do romance da guerra saiu a caminhar. E andou até fora da cidade. Lá, viu a areia úmida e o susto do maior milagre que pôde ver: o deserto estava coberto de flores! Um tapete de cores e poesia se estendia a seus pés e ele chorou de paz e esperança no meio da guerra, meio ferido e meio curado diante do encanto que viu.
Os estudiosos garantem que isso é fato. O pólen é trazido pelo vento e se acumula na areia. Quando vem a chuva, dessas constantes e calmas, na manhã seguinte, ou poucas horas depois, acontece um dos mais lindos fenômenos na secura do deserto: o chão fica coberto de flores, de todas as cores e tamanhos.
Isso tem um grande significado para os moradores daquela região inóspita. As flores são o prenúncio da chuva. E chuva é semente, é vida e, quem sabe, o fim do tempo da guerra? Jesus é essa flor. A presença dele na vida de alguém é exatamente como a chuva calma daquela noite do romance e muda a paisagem da alma, traz o alimento que dá a vida.
Faz tempo que ouvi essa história, nem tenho mais aquele livro... Porém, ficou a esperança de algo novo e precioso. Você já sentiu o prenúncio de que algo está mudando? Aquela sensação de algo salutar brotando no lugar que era doente? Já teve esperança? É que a chuva está caindo suavemente, como uma voz que está há muito tempo sussurrando em seus ouvidos: o maior milagre do mundo é cobrir sua alma de flores.



By 
Eliel Eugênio de Morais
Pastor



In:

"Até quando estou triste de saudade como hoje, sou feliz, porque sei, numa sabedoria morna e saciada, que esta dor morre no teu próximo abraço(mesmo que em pensamento) e recomeça só para tornar a perecer. Então, que venham os longos dias e as noites angustiadas, ser tua é maior do que ser, apenas."

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Quero te dar um desses....

Quando beijar, abandone-se totalmente à emoção...

Beijo...

"E se me beijar, que seja suavemente.
Tem beijo que afaga a alma da gente.
Que pouse em meus lábios como um beija flor...
beijo delicado desperta o ardor.
E se me beijar, que seja com carinho
orvalhando meus lábios bem devagarinho.
.......................................................
Tem beijo que é mais que desejo...é amor!"
****************************
Lua Cigana

In:

Tomara!



"Tomara que não seja muito tarde. 
Que a gente se esbarre. 
Se encontre. 
Tente. 
Se perdoe. 
Se invente. 
Que o amor nos tome no colo. 
Tomara que a gente tome a decisão de ser feliz .''



_______________Ita Portugal

Como Definir o Amor...

Amar é...
Apenas dividir.
Compartilhar as alegrias e as dores dos 
momentos ruins, de tristeza.
É aprender a apreciar os momentos mais singelos, as atitudes mais retardadas, as palavras, é ficar com cara de boba quando ouve um “more” ou “te amo” e dar aquele sorriso.
Amar também é aprender com os erros, é sentir saudades mesmo quando você tenha estado por um ou mais dias inteiros com aquela pessoa, um minuto depois que ela vai embora você já ta sentindo um aperto no peito... 
a saudade batendo...
E porque o amor também não estaria nas brigas? 
Faz parte do amor.
Amar não é aceitar tudo, pois onde é aceito 
pode desconfiar que amor não o seja...
Nossa... é aceitar defeitos que antes você 
condenava que, ironia né...
Ter vontade de morder, beijar, abraçar, socar, 
apertar, amassar, assim tudo de uma vez...
É ser chamado de inseguro, grudento, pegajoso, infantil. Imaturo, ficar um tempo sem se ver.
Sentir vontade de ligar e pensar 
“eu não vou ligar, ele que ligue”.
Ou ligar e se arrepender depois com medo dele achar 
que você está correndo atrás.
Amar é saber a hora certa de dizer 
não eu não quero e chorar...
Amar é ter medo às vezes, medo de perder, 
e acabar fazendo um monte de burradas por medo de sofrer...
E então fazer as pazes depois, 
pedir desculpas e enfim se reencontrar.
Como é bom ver aquela pessoa que 
você ficou maior tempo sem ver, poder sentir o cheiro dela, abraçar e  dar aquele beijo mais apaixonado, 
um beijo de saudade, beijo de amor.
Viver cada momento de sua vida pensando... pensando...
Querendo viver mais e mais e fazer mais e mais pra ver
 alguém feliz e ser feliz também.
O amor é um sentimento que não é passageiro, algo tão puro, um pouco complexo às vez mas extremamente verdadeiro.

By 
Marcela Mônica dos Santos

Postado por Kika
In:

Sobre uma Manhã de Chuva...

Escutei uma fala. Uma amiga me escreveu sugerindo que eu fizesse um texto sobre uma manhã de chuva. E ela mesma apresentou essa chuva. Ela caia no quintal de sua casa, calma, como respingos da voz de Deus falando-lhe de comunhão. Pensei na velha canção do Paulo Cezar: ...”E bem cedinho, de manhã, saber que as misericórdias do Senhor se renovaram”...
É isso. Os dias são maus. Quase todas as famílias sofrem de alguma fratura, quase todas as pessoas estão atarefadas, quase todos os sonhos estão endividados, quase todos os amores, partidos... Sofremos do mal da implicância, da desconfiança, da letargia interna, da preguiça de sonhar, de aprender... E a minha amiga pede que eu escreva uma crônica contando de uma manhã de chuva calma e contar das coisas suaves... Ela disse que ouvia o gungunar de sua pequena filha enquanto escrevia.
Hoje é quarta feira, é de manhã, e chove em Colorado do Oeste. Estou chegando de uma semana de férias... “E as lembranças não terão preço”. É verdade que está quase todo mundo atarefado, é verdade ainda que talvez eu tenha que desistir de um curso que muito quero, só por causa de finanças, é verdade que... São tantas verdades cruéis. Porém, saiba que é verdade também, que hoje se faz uma manhã de chuva e eu vim ao templo ouvindo uma canção menos antiga que a do Paulo Cezar: “Lembra, te tomei em meus braços, te aceitei como estavas...” O amor não está partido. Amo intimamente ao meu Deus, minha família, amigos. O Espírito Santo, como a chuva fina, tem levado de mim e de tantos outros, o mal da implicância, lançou para lá da nascente das águas, a desconfiança, a reclamação atroz, o mau humor. Aprendi a confiar, acordei para as coisas da alma. Quebrou-se a letargia do sonho e do aprendizado, fiz-me discípulo da verdade plena e exuberante do relacionamento com Deus e com o ser humano. A chuva dessa manhã é como o relacionamento. É que ele está acima dos dogmas, das regras e de tudo aquilo que, institucionalmente ou ideologicamente, pensamos ser importante.
Minha amiga tem razão. O coração precisa das coisas simples. Escutar a voz de Deus numa manhã de chuva, escrever uma carta, ouvir o som da fala de uma criança que ainda não sabe pronunciar palavra alguma, lembrar uma canção, tirar alguns dias de férias. Os dias estão aí, rotulados, e irão passar de qualquer maneira, envelheceremos de um ou de outro modo. Então, escute o pedido de uma amiga distante: “fale da suavidade da chuva, da voz de Deus dentro do coração, de coisas suaves e simples, de amores inteiros, de quanta beleza pode haver em um só dia”. É, e acrescento só uma coisa: isso realmente faz toda a diferença.


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Em Defesa do Amor - Eliel Poeta

Não há nada que se possa dizer em sua defesa. Ele é pleno. E tudo o que é pleno, dispensa qualquer apologia. Porém, nenhuma palavra tem sido tão desqualificada como o amor, até mesmo por aqueles que se dizem amantes.

É que o amor vive e se realiza em coisas abstratas, dessas que caminham pela sabedoria ou por outras qualidades internas.

Desconhecer essas estradas e essas qualidades é como navegar por um rio seco e não se dar conta disso. O tema é imensurável e o texto é pequeno, por isso abre-se aqui apenas algumas dessas estradas, um flerte com o desenho da alma de alguns amantes.

Quem ama é devedor. O apaixonado reconhecerá a dádiva do sentir e se verá um devedor da emoção, do desejo, do infinito privilégio de se achar submisso ao corpo e ao sonho da outra pessoa. Será devedor por ter em quem lançar suas fantasias, sua necessidade de toque e de proteção.

Pablo Neruda disse que era devedor de sua amada por todos os lugares onde os relâmpagos errantes se esconderam. O amante sabe-se devedor porque sempre tem para onde e para quem regressar, seja das distâncias, das fadigas do dia ou do desejo famélico de amar.

O amante é também um suplicante. Toda ordem ou queixa subestima o amor e furta sua mais incrível habilidade: liberdade! Por isso o amor é uma súplica. Sabe-se desprovido do cheiro, do que mais quer. É essa qualidade que fará da pessoa que ama um desmascarador de si mesmo, pois verá que de todas as coisas necessárias para a vida, a alma se alimenta, paradoxalmente, do que parece menos necessário. Afinal quem poderia imaginar que coisas como o toque, palavras, flores e beijos são mais valiosos que todas as coisas necessárias? É aí que o suplicante vê a diferença entre amor e contratos, beijos e compromissos. Ele suplica porque é pobre e a plenitude do ser humano se alimenta dessa pobreza.

Uma coisa só a mais. Quem ama assim é, por fim, caçador. Procura os elementos mais despercebidos da alma e do corpo do outro. E, por ironia ou por dádiva, acredite, aí está a maior liberdade da alma humana. Quão enganado está aquele que ama com a doença do ciúme ou com o germe da desconfiança. O amante é caçador das nascentes do amor, é capaz de reter uma imagem, beber um som, achar significados num cheiro. Por isso, por ser devedor e suplicante, não reterá a nascente, não armará uma gaiola para prender a pessoa amada ou os sentimentos e sonhos dela. Deixará a nascente fluir e, justamente por ser livre para fluir, poderá nascer todos os dias. A liberdade é o fim da caça. Assim, e somente assim, se pode amar uma pessoa por toda a vida.

O amor não precisa mesmo de defensores, até porque o texto é mesmo breve. É melhor então dizer que o amor necessita é somente de um pouco mais de devedores, de suplicantes e caçadores. Talvez assim se ache muito mais homens e mulheres um pouco mais plenos e um pouco menos desiludidos, que saiam dos rios barrentos e descubram a correnteza imperfeita, porém repleta de beleza e significados do amor.


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domingo, 1 de dezembro de 2013

Fragmento 155 - Livro do Desassossego - Fernando Pessoa

Encontrei-me neste mundo certo dia, que não sei qual foi, e até ali, desde que
evidentemente nascera, tinha vivido sem sentir. Se perguntei onde estava, todos me enganaram, e todos se contradiziam. 
Se pedi que me dissessem o que faria, todos me falaram falso, 
e cada um me disse uma coisa sua. 
Se, de não saber, parei no caminho, todos pasmaram que eu não seguisse para onde ninguém sabia o que estava, ou não voltasse para trás - eu, 
que, desperto na encruzilhada, não sabia de onde viera.
Vi que estava em cena e não sabia o papel que os outros diziam logo,
sem o saberem também. Vi que estava vestido de pajem, e não me deram a rainha, culpando-me de a não ter. 
Vi que tinha nas mãos a mensagem que entregar, 
quando lhes disse que o papel estava branco, riram-se de mim. E ainda não sei se riram porque todos os papéis estão brancos, ou porque todas as mensagens se adivinham.
Por fim sentei-me na pedra da encruzilhada como à lareira que me faltou. 
comecei, a sós comigo, a fazer barcos de papel com a mentira que me haviam dado. Ninguém me quis acreditar, nem por mentiroso, e não tinha lago com que provasse a minha verdade.
Palavras ociosas, perdidas, metáforas soltas, 
que uma vaga angústia encadeia a sombras... 
Vestígios de melhores horas, vividas não sei onde em áleas... 
Lâmpada apagada cujo ouro brilha no escuro pela memória da extinta luz... Palavras dadas, não ao vento, mas ao chão, deixadas ir dos dedos sem aperto, como folhas secas que neles houvessem 
caído de uma árvore invisivelmente infinita... 
Saudade dos tanques das quintas alheias... 
Ternura do nunca sucedido...
Viver! Viver! E a suspeita ao menos, se acaso no leito de Proserpina haveria bem de me dormir.

Fernando Pessoa

In:
Livro do Desassossego

Fragmento 154 - Livro do Desassossego - Fernando Pessoa

Quem sou eu para mim? Só uma sensação minha.
O meu coração esvazia-se sem querer, como um balde roto. 
Pensar? Sentir?
Como tudo cansa se é uma coisa definida!

Fernando Pessoa

In:
Livro do Desassossego

Fragmento 152 - Livro do Desassossego - Fernando Pessoa

"...Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. 
Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo.
Mas distraio-me e faço. 
O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, 
mas de uma cedência dela. 
Começo porque não tenho força para pensar; 
acabo porque não tenho alma para suspender..."

Fernando Pessoa

In:
Livro do Desassossego

Eu e vc...

"...O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu..."

Ana Carolina - Simplesmente Aconteceu

" Saudade é não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche..."
"...Simplesmente aconteceu
Não tem mais você e eu
No jardim dos sonhos
No primeiro raio de luar
Simplesmente amanheceu
Tudo volta a ser só eu

Nos espelhos
Nas paredes de qualquer lugar
Não tem segredo
Não tenha medo de querer voltar
A culpa é minha eu tenho vício de me machucar

De me machucar
Lentamente aconteceu
Seu olhar largou do meu
Sem destino

Sem caminho certo pra voltar
Não tem segredo
Não tenha medo de querer voltar
A culpa é minha eu tenho vício de me machucar

De me machucar
Ninguém ama porque quer
O amor nos escolheu você e eu
Não tem segredo
Não tenha medo de querer voltar

A culpa é minha eu tenho vício de me machucar
De me machucar
Simplesmente aconteceu
Quem ganhou e quem perdeu
Não importa agora..."

Ira - O Girassol

Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança do seu sermão 
Você é meu sol, um metro e oitenta e cinco de sol
E quase o ano inteiro os dias foram noites
Noites para mim
Meu sorriso se foi
Minha canção também
E eu jurei por Deus não morrer por amor
E continuar a viver 

Como eu sou um girassol, você é meu sol
Como eu sou um girassol, você é meu sol
Como eu sou um girassol, você é meu sol

Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança do seu sermão 
Morro de amor e vivo por aí
Nenhum santo tem pena de mim
Sou agora um frágil cristal
Um pobre diabo que não sabe esquecer
Que não sabe esquecer 

Como eu sou um girassol, você é meu sol
Como eu sou um girassol, você é meu sol
Como eu sou um girassol, você é meu sol
Como eu sou um girassol, você é meu sol.

Do Livro do Desassossego - Fernando Pessoa

"...Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste!..."
"...A minha vida é como se me batessem com ela. Somos todos míopes, exceto para dentro. Só o Sonho vê com o olhar..."

Fernando Pessoa.

Como é grande o meu Amor por você...