quinta-feira, 17 de novembro de 2011





"Nossas digitais não se apagam das vidas que tocamos."

Coisa boa isso, não? 

Seria muito ruim se passássemos despercebidos nas vidas de quem queremos bem.
O que ratifica o fato de sermos cuidadosos. E valorizarmos essas marcas.

Deixe sua marca em quem ama.

Seja responsável, não se culpe.








quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SOLIDÃO.





Sinto a brisa
Bate no rosto,
De leve, suave
Me toma todo o corpo.

Me invade a alma aos poucos
Como à acarícia-la.
Sensação boa,
fecho os olhos.

Junto vem o cheiro,
cheiro bom.
De mar,
Ouço a brisa.

O silvar dos ventos nas folhagens,
Me transporto,
Me elevo
Apenas sentimento e sons.

Um pássaro canta ao longe,
O sol a pele que queima.
Solidão.
Apenas ouço e sinto.

Autoria : Wamberto lobo - 
15 /11 /11


O Diário de Suzana Vieira: uma sátira egótica em cinco atos







2 de novembro – Não A-C-R-E-D-I-T-O! Acordei hoje mais gostosa do que já tinha acordado ontem! Pode? O espelho até quis me agarrar no banheiro!


Depois da academia, fui para o salão. Não via a hora de chegar ao Diva´s… Gosto muito das meninas de lá; a gente aprende tanto…


À tarde, passei o resto do dia em casa. Preciso mandar o Roderbal (meu mucamo que aluguei junto à agência de ex-bombeiros marombados) dar um jeito nesse apartamento, porque já não cabe mais nada por aqui.


Mas vou me desfazer de quê? Só guardo o necessário… Toda mulher merece ter, ao menos, um par de sapatos para cada dia do ano… O que o meu público (que me ama!) pensaria da Suzana, repetindo a mesma meia-calça mais de um dia?


E nem adianta a Hebe implicar com as minhas fotos de capa de Revista Contigo emolduradas em cristais, pele de chinchila e lantejoulas ao longo das paredes do corredor que leva à minha suítes… É invééééja


Obs: Lembrar o Roderbal de gravar programa do Nelson Rubens.


3 de novembro – Sonhei que tinha me mudado. No sonho, Roderbal, recém chegado do 23º Registro de Imóveis do 2º tabelionato do Cairo, no Egito, me entregava a escritura, lavrada em meu nome, da Grande Pirâmide de Quenfrén, onde ele já derrubava as paredes de um dos saguões superiores, para caber a minha penteadeira.


Fiquei puta com o Roderbal! Preferia a Quéops, que dá sol da manhã, vista para a Esfinge e é muito maior! Lá ainda dava para sobrar um espaço para guardar a minha maquiagem! Acho que ele não gostou… Disse que compraria o Rio Nilo para mim…


- Bota lá seu ego, Dona Suzana… Se apertar, cabe!


Não entendi…


4 de novembro – Acordo e, ao me ver no espelho, começo a ter espasmos orgásticos oníricos… Não fosse a gravação da novela do Aguinaldo, me comia todinha ali mesmo. O vizinho interfonou reclamando dos gemidos… Respondi a ele com toda a classe e compostura que me é pertinente, mandando-o à puta que o pariu, porque eu não sou mulhérzinha de aturar desaforo de vizinho! Além do que, o público brasileiro M-E A-M-A!!


Sabe, fiquei encucada com o sonho do Egito… Pensei nele o resto do dia. O que era aquilo tudo, hein? Um sinal de algum Faraó? Será que agora até Ramsés vai querer agendar uma hora comigo? Ou seriam contatos de minha encarnação passada: a Cleópatra. Aí, gente… somos tão parecidas!


Obs: Lembrar Roberval da inscrição para a próxima Dança dos Famosos.


5 de novembro


11h00min AM – Acordo e vou direto à cozinha, tentando evitar o espelho. Não adianta, ele é que sai correndo atrás de mim. Quase me estupra em cima da mesa de centro.


Hoje vou ter de ir ao PROJAC de novo. Só vou por causa do Aguinaldo! Mas também…deve ser tão importante pra aqueles atores contracenar comigo… Melhor ir mesmo. Ah! E aquele personagem foi um preseeente… Vou ver se atraso um pouquinho para fazer um charme (a Vera vai ficar possessa de não ter tido a mesma ideia!


11h00min PM – De noite fiquei vendo TV em casa. Não tem nada que preste na TV a Cabo à noite… Nem tem programa de auditório!! Depois querem dar educação ao povo… Mudei pra Rede TV.


OBS: Gente tô passada! O que era aquilo que a Luciana Gimenez vestiu no Superpop de hoje? Uma mulher desse porte, que subiu na vida pelo próprio talento… usando Gucci!? Coisa mais popular!


6 de novembro – Nem dormi direito. Fiquei triste… Sabe, é nessas horas que a gente vê o quanto nós nos martirizamos por coisas tão passageiras, tão efêmeras, tão pequenas… Gente, coitada da Lu !!!!!!!


À tarde, fui para Sampa. A Hebe ficou lá em casa, tomando conta do Roderbal. Tive de fingir o tempo todo que não percebia que todo mundo ficava me notando no saguão do Santos-Dumont. Carioca da Zona Sul é besta! Nem me pede foto. É inveeeja!


Vou direto ao guichê da TAM e uma senhora – dessas já de idade avançada, sei lá uns 60 – tem o disparate de dizer que eu, como todo mundo, tinha de ir para o final da fila! Pode?


Olha…


Tem gente que não tem N-O-O-O-O-O-O-Ç-Ã-O!!!!


Daniel Marinho 






Liberdade molhada - By Curta Crônicas








Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2011

Quando ouço alguém dizer que tem vontade de morar sozinho, tento me controlar para não desestimulá-lo expondo os problemas que essa pseudo-liberdade carrega. Encontro-me nessa situação há dois anos e um dia (desde 1/11/09). No início tudo é maravilha até que chega o momento em que você se vê obrigado a sair de casa para comprar pano de prato. Aí sim, que a vida começa de verdade.

Apesar de ter apenas setecentos e trinta e um dias de dona de casa, posso garantir a você que meus problemas são inumeráveis. Coisas como pregos soltos na fechadura da porta, lâmpadas queimadas, suporte do espelho quebrado e trilhos da cortina com defeito, fazem com que eu me arrependa de ter desejado viver assim, só.

Hoje mesmo eu quis, no fundo do meu coração, ainda ter pouca idade para viver sob os cuidados dos meus pais. Já passara da meia noite quando resolvi lavar roupa. Tenho hábitos noturnos e sempre achei que o melhor horário para realizar qualquer atividade é na madrugada. Ao ligar a máquina, percebi um vazamento no registro. Tentei apertá-lo, mas em vão. Não somente por minha pouca força, mas ele estava com problema e, quanto mais eu tentava consertá-lo, maior era o volume da água que saía. Comecei a entrar em desespero, apelei pro registro geral, mas sem sucesso.

Sentei no chão da cozinha pensando em uma maneira de solucionar essa situação. Contudo, fracassei. Nenhum dos conceitos de modelagem que eu adquirira me foi útil. Para o meu vazamento de água, não existiam algoritmos ótimos! Liguei para a portaria, o vigia atendeu e pediu pra eu fechar o registro. “Moço, mas eu já tentei fazer isso.”. Perguntou se a água que estava vazando era muita mesmo ou era exagero meu. Brincar com uma coisa dessa, quase uma hora da manhã, definitivamente não era algo que me apetecia! O convenci da dimensão do caso, mas como estava sozinho, teve que acordar o porteiro que minutos depois chegou ao meu apartamento.

O problema era grande demais e impossível de ser resolvido na madrugada. “E agora, vai ficar vazando assim a noite inteira?”, perguntei enquanto imaginava o que enfrentaria: coisas como reunião de condomínio para me proibir de fazer minhas atividades domésticas rotineiras depois do horário comercial. O porteiro me explicou que teria que subir até o último andar, onde desligaria o registro do prédio, depois voltaria com um tampão que impediria o vazamento e depois liberaria a água. No dia seguinte eu teria que comprar a peça nova e, então, ele voltaria pra consertar. Me deu canseira só de ouvir. Coitado!

Solução temporária proposta e resolvida antes das duas da manhã. Depois que ele saiu, já mais aliviada, peguei um rodo e um pano de chão para limpar a inundação que restara. Mas aí aconteceu um problema pior...

Quebrei minha unha do dedinho, bem na metade. Não sei se doeu mais a dor da unha ao desprender-se da carne ou se foi o pesar por tê-la estragado apenas dois dias depois de tê-la feito. Esqueci-me do problema com a água, larguei o rodo e o pano no mesmo lugar e resolvi dormir.

A propósito, espero que o banheiro cresça, torne-se independente e se seque sozinho! Já tenho problemas demais cuidando de mim mesma.


Joyce Figueiró



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Amor Bandido - Oriza Martins




De onde vem tanta tensão,
Ciúmes, mágoa e rancor,
Misturados à paixão,
De um adorável sabor?

Por que vivemos mesclando
Emoções contraditórias,
Porque seguimos brigando
Por razões tão irrisórias?

Se me queres, eu te quero,
Vivo pra te adorar,
Mas às vezes eu nem sei
Se devo rir ou chorar.

Curtimos um sentimento
Raro, intenso, palpitante,
Na taça das ilusões,
Nosso amor é transbordante.



Moments in Time




É só saudade 
É tanta saudade morando em meu peito que chega a expulsar Do meu peito vazio a lembrança do teu amor. É tanta saudade que esgoto teu rosto no meu pensar. É tanta saudade que escrevo jardins com teu nome E leio a música do teu cheiro.



Canção do Homem







Que quando chego do trabalho ela largue por um instante o que estiver fazendo

- filho, panela ou computador - e venha me dar um beijo como os de antigamente.

Que quando nos sentarmos à mesa para jantar ela não desfie a ladainha dos seus dissabores domésticos.

E se for uma profissional, que divida comigo o tempo de comentarmos nosso dia.

Que se estou cansado demais para fazer amor,

ela não ironize nem diga que "até que durou muito" o meu desejo ou potência.

Que quando quero fazer amor ela não se recuse demasiadas vezes, nem fique impaciente ou rígida, mas cálida como foi anos atrás.

Que não tire nosso bebê dos meus braços dizendo que homem não tem jeito pra isso, ou que não sei segurar a cabecinha dele, mas me ensine docemente se eu não souber.

Que ela nunca se interponha entre mim e as crianças, mas sirva de ponte entre nós quando me distancio ou me distraio demais.

Que ela não me humilhe porque estou ficando calvo ou barrigudo, nem comente nossas intimidades com as amigas, como tantas mulheres fazem.

Que quando conto uma piada para ela ou na frente de outros, ela não faça um gesto de enfado dizendo "Essa você já me contou umas mil vezes".

Que ela consiga perceber quando estou preocupado com trabalho, e seja calmamente carinhosa, sem me pressionar para relatar tudo, nem suspeitar de que já não gosto dela.

Que quando preciso ficar um pouco quieto ela não insista o tempo todo para que eu fale ou a escute, como se silêncio fosse falta de amor.

Que quando estou com pouco dinheiro ela não me acuse de ter desperdiçado com bobagens em lugar de prover minha família.

Que quando eu saio para o trabalho de manhã ela se despeça com alegria, sabendo que mesmo de longe eu continuo pensando nela.

Que quando estou trabalhando ela não telefone a toda hora para cobrar alguma coisa que esqueci de fazer ou não tive tempo.

Que não se insinue com minha secretária ou colega para descobrir se tenho amante.

Que com ela eu também possa ter momentos de fraqueza e de ternura, me desarmar, me desnudar de alma, sem medo de ser criticado ou censurado: que ela seja minha parceira, não minha dependente nem meu juiz.

Que cuide um pouco de mim como minha mulher, mas não como se eu fosse uma criança tola e ela a mãe, a mãe onipotente, que não me transforme em filho.

Que mesmo com o tempo, os trabalhos, os sofrimentos e o peso do cotidiano, ela não perca o jeito terno e divertido que tanto me encantou quando a vi pela primeira vez.

Que eu não sinta que me tornei desinteressante ou banal para ela, como se só os filhos e as vizinhas merecessem sua atenção e alegria.

E que se erro, falho, esqueço, me distancio, me fecho demais, ou a machuco consciente ou inconscientemente,

Ela saiba me chamar de volta com aquela ternura que só nela eu descobri, e desejei que não se perdesse nunca, mas me contagiasse e me tornasse mais feliz, menos solitário, e muito mais humano.


Postado por Lucila - Amar faz bem.



domingo, 13 de novembro de 2011




‎"...Viver positivamente é criar uma visão construtiva, amorosa e otimista para melhor atuar neste mundo mágico de Deus.



Ter uma vida positiva é ter consciência que o universo precisa de você; é lutar pelos SONHOS de maneira determinada; é crescer sem precisar diminuir ninguém; é ter a verdade como um principio vital; é usar o poder da ousadia construtiva; é saber agradecer e perdoar, fraterna e totalmente; é priorizar a família; é viver cada dia de uma vez, sendo alegre no presente e otimista no futuro; é respeitar o próprio corpo; é se preocupar com os mais carentes; é preservar a natureza; é ter a tenacidade de uma águia, o entusiasmo de uma formiga e a meiguice de um beija-flor; é não se abater nos momentos de dor; é jamais perder a esperança; é ter auto estima; é ser rico em humildade; é sempre fazer a sua parte..."