domingo, 30 de março de 2014

Às vezes...

"Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos 
da suposta visita da dor, soltamos os cães. 
Apagamos as luzes. 
Fechamos as cortinas.

Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. 
Ficamos quietinhos, poucos movimentos, 
nesse lugar escuro e pouco arejado, 
pra vida não desconfiar que estamos em casa.

A encrenca é que, ao nos protegermos 
tanto da possibilidade da dor, acabamos nos 
protegendo também da possibilidade de lindas alegrias.

Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, 
não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, 
se não abrirmos a porta. 
Não há como adivinhar e, 
se é isso que nos assusta tanto, 
é isso também que nos dá esperança." 

Ana Jácomo
Il. Nik Helbig

Feliz Estrada - Wamberto Lobo

Me vejo de encontro ao passado
Menina dos meus olhos 
Morena, sorriso encantador 
Lembro dos teus abraços 
Dos teus beijos 
Dos nossos amassos 
E teu cheiro de flor
E de repente, me bate a saudade !
O peito dói
A boca fica sêca
E o coração, bate em descompasso
Sem ritmo, atordoado , 
Dilacerado de tanta dor !.


Autor : Wamberto Lobo.