sábado, 11 de maio de 2013

Poema Premiado no XXXV CONCURSO INTERNACIONAL DE POESIA Y NARRATIVA “Hermanando continentes 2013” do Instituto Cultural Latino americano na Argentina.

Resucitar


La respuesta del cielo
el mar es la lluvia,
la respuesta del árbol
la tierra es el fruto.

La respuesta de la noche
el día de la Luna
la respuesta del día
la noche es el Sol

La respuesta de la tierra
el Sol es la hierba,
la respuesta a la vida
la muerte es el nacimiento.

El flujo de muestra existencia
que la vida continúa para siempre
ciclo de ir y venir,
el ciclo de la vida ...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Poema premiado no XXXV CONCURSO INTERNACIONAL DE POESIA Y NARRATIVA “Hermanando continentes 2013” do Instituto Cultural Latino americano na Argentina.


Las gotas de lluvia


Lluvia violenta viene por la noche
Diezma a toda esperanza,
lavar la cara entera.

Después de la calma
el chapoteo de las gotas de lluvia
en hojas de plantas

Aurora dom.
el brillo y el aire limpio
rehecho en mi corazón.


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)





Denia, em sua homenagem....



Te amo mana....
Bjokas



"Eu estava no shopping hoje e isso me chamou a atenção... Vi um casal de idosos, cheguei mais perto deles e tirei uma foto... Ele foi comprar o almoço dela e cortou tudo aquilo que a dentadura já não o faz, a serviu pausadamente, com toda calma do mundo, pra só depois começar o seu almoço... São pequenos gestos que mostram o que realmente faz sentido na vida de alguém."

Será que os tanquinhos e corpos perfeitos que alguns buscam tem essa entrega e doação? 
Escolha ter ao seu lado, alguém que vc curta a companhia e goste de conversar, pois um dia as rugas chegam, a pele envelhece, a idade chega e o que restará serão a história e amor construídos...


Por: Bruno Gramacho





Há muito tempo venho tentando, em vão, amar!!


Um amor, que contenha todas as perfeições, que contagie a todos e que fale de tudo, mas que ao falar ao ser amado, pouquíssimas palavras lhe bastem. Em um breve olhar, toda a compreensão. Em um dos infinitos sorrisos que o amor recria, a cumplicidade, o pacto, a transfiguração total do ideal em real. Ao pressentimento do toque, mesmo distante, a atração imediata e urgente. No toque, a transformação: macho, homem, fera irracional e desconhecida - um quase 'sapiens' de mistério; fêmea, mulher, alma selvagem, olhar visceral - entrega. Ambos explodindo em urgências! Em tudo. Uma chuva de exageros picotados e coloridos. E que ao se tocarem os seres amados, sejam a mais pura e intensa sagração do instinto. O desejo mais insano a dançar como um desequilibrado sob e sobre os lençóis. Os lençóis são indispensáveis. Explodindo-os sem modéstia, com beleza. Desfazendo-os loucamente - homemulher - em pequenos cristais de sonho, névoas que dançam nas fronteiras dos espasmos.
Ah! Há muito tempo...
Fui Ulisses, fui Homero... adorei ilhas desertas. Mas eram só ilhas, desgraçadas, tudo mentira. Tenho pó de ilusão aos meus pés. Gotas de negação escorrem por todo o meu corpo. Ilusões negadas.
Fui Hamlet, fui Otelo, fui Romeu. Vai vendo, Shakespeare! Pode ver e se quiser sorrir, nem precisa disfarçar. Morri infinitas vezes por nada. Amei muito a ideia, idealizei amor e amada. E o ideal (e trágico): nada de ser conquistado! Tenho muitas letras aos meus pés. Elas saem de minha pele. Simplesmente...
Fui Merlin, o mago, fui Lancelote, fui qualquer cavaleiro sem nome e sem honra. Andei por Avalon, por Camelot, pela Terra Média e por Salém. Feiticeiro e enfeitiçado fui, refém dos encantos que eu mesmo inventei. E a princesa frágil e linda, abortada, jaz ainda nas entranhas da minha imaginação estéril. Tenho lagartos aos meus pés.
Fui Brás Cubas, fui Bentinho, eu queria ser como a Capitu... cínica como o tal Machado. O Assis. Andei por pântanos de ciúmes e carreguei nas costas a desconfiança. Sou quase póstumo, hoje, não sei de nada. Tenho algumas sombras aos meus pés. Muitas em meu peito.
Fui Eros e Psiquê... Fui Freud. Amarrei, amordacei e ameacei o id. Libertei-o em seguida. Eu ajudei Perseu com a Medusa . Todos os meus atos são falhos. Tenho delírios e desejos malucos aos meus pés.
Fui etéreo, vaguei sem pressa por aí, fui sol numa tarde linda de domingo. Caminhei num chão de estrelas e tropecei em todas elas, sem distinção. Toquei nuvens carregadas, molhei as mãos. Disseram-me louco, alienado... caí. Tenho cacos cósmicos aos meus pés. Infinitos...
Fui chuva, fiz trovoadas, distribuí raios pelo céu... devastei e fertilizei. Transbordei sem preocupações. Molhei tantos corpos e muitos rostos me sorriram, outros tantos me esqueceram. Escorri feito em pingos, no infinito e sombrio ralo do mundo. Tenho o calor aos meus pés.
Fui tanto, mas poderia ter sido mais... o que fui se resume em merda! E como toda merda, esgoto. Dúvidas?
Há muito tempo eu te procuro! Está tão próxima a certeza de abrir os meus braços e cantar! Estive o tempo todo ao seu lado. E voei tão longe... Inutilmente.

Estou voltando para casa.
Nem era pra ter saído.

By Jackson
Literatura do Desassossego!
In: https://www.facebook.com/desassossegos.literarios





Ódio declarado, sem os requintes de confissão, já não digladia - reduz-se à careta e à expressão de um enjoo tântrico. O mesmo se dá com o amor. Quanto mais minuciosa a afirmação, menos se espera dela. Falar sacia uma parte gulosa do ego e é por isso que acalma, que traz uma tranquilidade ilusória. No espaço em que se infla os egos a magia agoniza na alegria mórbida de ver as peças de um quebra-cabeças se encaixando. A imagem formada pode ser linda ou horrorosa, comover com encantos ou incomodar com asco. Mas é uma imagem pronta, estática que se dissolve no tempo e no álcool porque não há mais movimento. Talvez um desfile de espasmos involuntários e inconstantes... sem vida. Sem alma. Sem graça! 

Tudo que pulsa, tateia. Saboreia. Esperneia. E não se diz nada do sabor com a boca ainda cheia. O que é cuspido não é a sensação, mas o corpo cujo gosto não há mais. É a matéria sem essência... O organismo sem vida. O fazer por fazer. É o castigo do ego-cêntrico para o ego-ísta.

Só me confesso nos epílogos, às margens dos finais, quando o futuro já não me importa mais.

...Um bonde chamado foda-se.


Literatura do Desassossego!
In:https://www.facebook.com/desassossegos.literarios


Intimo meu


É você que ajeito, 
todas santas noites 
em minha cama, q'eu dispo.

Onde eu te vejo todo nu,
puro deleite pros olhos meus.
Haste em rosa, zig e zag.

Te enlaço em meus pelos.
Meu insano grita seu nome, meu inferno, meu céu.
Minha santa-puta louca rima, o meu tudo.

É em você 
que sei saber ser fêmea!
Só em você!

Geane Masago
(09-05-2013)



Dois, em um


Quando dois for um
o suor uma lida
o fogo dessentidos
a leito o deleite
o gemido um canto
a carne em brasa
o vazio preenchido
a ardência e um vício.

Ao celibato um adeus.
Para o tesão, um brinde
dum eterno convite
de que tudo, nos será!

(06-05-2013)


Brutal


O cenário um jardim...
As borboletas dançam sobre o asfalto-branco.
As rosas pobre-coitadas, esmigalhadas pelo chão.
As palavras descem-tocam o imaginário.
E o amor, fatalmente é confundido com o tesão!
Ilusão!

Geane Masago
(10-05-2013)



JOGO DE SEDUÇÃO!!


E quando você cruzou meu caminho...
Todas as tempestades se fez calmaria
Era um jogo?! Talvez... quem sabe!
Meu olhar seduziu tua alma de lobo
Teu coração conquistou todo meu ser
E o universo silenciou naquele momento
Para compactuar com aquela história de amor.


(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)


RELENDO-ME!!


É quando releio as páginas da minha história...
Antes de virar a esquina, de deixar tudo pra traz
Porque é preciso coragem para seguir em frente
Limpar a casa, arrumar a cama, abrir as cortinas
Deixar o sol entrar, beber minhas inquietudes
Acalmar minhas tempestades, sorrir com o olhar
Porque nasci para ser poesia lida em silêncio
Sou feita das cores das flores, do aroma do mar
Sigo meus instintos, sou emoção, sou puro coração
Sou brisa perfumada, essência inviolável de mulher.


(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)



MEU EU!!


Não deixe que teu silêncio
Invada tuas vontades
Que tua ausência envolva
Meu coração de saudades
Não permita que a tristeza
Domine teus desejos
Voe sempre na direção
Do horizonte... Estarei lá
Linda, suave e plena...
Não deixe que teu silêncio
Me faça esquecer você.


(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)



TÃO TUA!!


Hoje estou absoluta, insana... insensata
Muito amor, muito calor, muito "tão tua"
Muitos desejos contidos no meu olhar
Pensamentos quase obscenos soltos no ar
Corpo quente, febril, cheirando a paixão
Meio tempestade, inquietude... um furacão
Do tipo que incendeia de tanto tesão
Hoje estou assim... querendo você em mim.


(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)






Sou merecedor. Mereço tudo o que é bom. Não uma parte, não um pouquinho, mas tudo o que é bom. Agora me afasto de todos os pensamentos negativos, restritivos. Liberto e permito que as limitações de meus pais se vão. Eu os amo, e vou além deles. Não sou suas opiniões negativas, nem suas crenças cerceadoras. Não contenho nenhum dos medos ou preconceitos da sociedade em que vivo. Não me identifico mais com limitação alguma.

Em minha mente, sou completamente livre. Agora me transporto para um novo espaço de consciência, onde me vejo de maneira totalmente diferente. Estou decidido a criar novos pensamentos sobre mim mesmo e sobre minha vida. Meu novo modo de pensar torna-se uma nova experiência.
Eu agora sei e afirmo que sou uno com o Poder de Prosperidade do Universo. Assim, prospero de inúmeras maneiras. Está diante de mim a totalidade das possibilidades.

Mereço vida, uma boa vida. Mereço amor, abundância de amor. Mereço boa saúde. Mereço viver com conforto e prosperar. Mereço alegria e felicidade. Mereço a liberdade de ser tudo o que posso ser. Mereço mais do que isso. Mereço tudo o que é bom.

O universo está mais do que disposto a manifestar minhas novas crenças. Aceito essa vida abundante com alegria, prazer e gratidão, pois sou merecedor. Eu a aceito; sei que ela é verdadeira.

( do livro Ame-se e cure a sua vida)
integracaoholistica.blogspot.com









É nos olhos que a alma se revela, não adianta dizer com palavras, aquilo que o olhar não confirma. É bom ficar perto de pessoas que nos querem bem.
É bom estar perto de quem é gente igual a gente, de quem dá importância ao sol, à lua, à chuva, de quem dá importância ao outro ser humano, ao que é simples e essencial pra fazer a alma da gente feliz.

A alma da gente sente as energias, costumo dizer que é melhor sentir as pessoas e não tentar entender as pessoas, e sentir é trabalho para o coração, para a nossa alma que sempre se comunica com a alma do outro. Então, se ele não quer se envolver, se quer manter distância, simplesmente entenda que não há conexão, não há amizade, não há reciprocidade, não haverá encontro de almas e quando isto não acontece, o melhor a fazer é agradecer por todos os momentos e se afastar lentamente. Isto não é deixar de gostar; é apenas respeitar o sentimento e o momento de cada um. E que o tempo sagrado da Vida nos traga o entendimento necessário de cada situação, para seguir em frente, desejando sempre o bem à esta outra pessoa. 


Ana Lúcia do Carmo.
integracaoholistica.blogspot.com





Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. 
De sol quando acorda. 
De flor quando ri. 
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. 
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. 
Lambuzando o queixo de sorvete. 
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce 
que tem pra escolher.
O tempo é outro. 
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, 
mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. 
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. 
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa 
e trocando o salto pelo chinelo. 
Sonhando a maior tolice do mundo com 
o gozo de quem não liga pra isso. 
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece 
manhã de Natal do tempo em que a gente acordava 
e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que
 Deus acendeu no céu e daquelas que 
conseguimos acender na Terra. 
Ao lado delas, a gente não acha que o amor 
é possível, a gente tem certeza. 
Ao lado delas, a gente se sente 
visitando um lugar feito de alegria. 
Recebendo um buquê de carinhos. 
Abraçando um filhote de urso panda. 
Tocando com os olhos os olhos da paz. 
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave 
que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. 
Do brinquedo que a gente não largava. 
Do acalanto que o silêncio canta. 
De passeio no jardim. 
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade
 é um perfume que vem de dentro e que a atração 
que realmente nos move não passa só pelo corpo. 
Corre em outras veias. 
Pulsa em outro lugar. 
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado. 
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Tem gente como você que nem percebe como tem a alma Perfumada! 
E que esse perfume é dom de Deus.


Carlos Drummond de Andrade




Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,depende de quando e como você me vê passar... 

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...

Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras, sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdoo logo. Mas há poucas coisas de que eu me lembre...

Tenho felicidade o bastante para ser doce, dificuldades para ser forte, tristeza para ser humana e esperança suficiente para ser feliz.

Não me deem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração.

Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.

Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre...

Sou uma filha da natureza:quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.

Sou uma só... 
Sou um ser...a única verdade é que vivo. 
Sinceramente, eu vivo.


Clarice Lispector



Lobos


Os lobos me perseguem diariamente.
Posso ver suas presas em um sorriso malicioso e indecoroso.
Posso ver a salivação em suas bocas em um desejo irrefreável e pavoroso.
Ouço seus uivos crescentes e indecentes em meus ouvidos, impregnando meu cérebro com imagens pecaminosas.
Acreditam que sou uma presa fácil e que meu corpo 
seria uma deliciosa fonte de prazer.
Eu poderia deixá-los me pegarem, me usarem, 
me matarem com suas garras sujas e luxuriosas.
Eu poderia deixá-los fazer o que quiserem comigo 
e ainda pediria por mais.
Mas me contenho.
Evito, disfarço, me escondo.
Finjo que não vejo, finjo que não sinto, finjo que não ouço.
Finjo que eles não existem.
E talvez não existam mesmo.
Pelo menos não no mundo onde você existe pra mim.
Não da forma que você existe pra mim.
Mas você é apenas um cachorrinho apavorado no 
meio dessa enorme matilha.
És apenas o menor animalzinho que não tem coragem de
 se aproximar e dar a primeira mordida.
Meu corpo seria todo para você, se ao menos o quisesse.
Minha alma seria toda para você se ao menos a quisesse.
Eu poderia fazê-lo o homem mais feliz do mundo se ao menos quisesse.
Mas você não vem.
Você finge não ver, finge não notar, finge não desejar, exatamente como faço com os outros, nesta interminável cadeia alimentar.
Eu estou preparada.
Estou preparada para deixá-los me pegar, para deixá-los me devorar como um pedaço de carne descartável. Mais do que preparada, 
eu quero que eles o façam.
Quero que possuam meu corpo, alimentem-se de toda esta carcaça que restou de mim e acabem com esta frustração interminável que 
é viver sob uma pele como a minha.
Quero que tirem todo o prazer que têm para tirar e 
me permitam finalmente respirar.
Eles se aproximam cada vez mais e sinto que estou pronta para me entregar.
Olho para você uma última vez e tudo o que fazes é se afastar.
Você desistiu antes mesmo de começar.
Eu sou a presa fácil que todos eles estão lentamente a devorar.
Eu sou aquela mulher frustrada que nunca poderá te amar.
Acabou.
Poderia ser você.
Oh, como poderia ser você!
Exatamente como deveria ser eu…"

Cuera - 21 anos.