quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Perdoa-me...
Mas hoje eu quero ouvir violinos.
Liberar meus pensamentos,
Na orla macia dos ventos!

Desejo tomar as mãos da ilusão.
Cavalgar por entre campos e regatos,
Embebedando-se na suave fragrância...
Das flores que livres se desabrocham!

Sorrir a vida como a uma criança.
Embalar-me na inocência de um anjo.
Cultivar pétalas desgarradas das rosas...
Banhadas no orvalho da esperança.

Voar na transcendência da realidade.
Flutuar nos portais das fantasias!
Criar um mundo mágico de alegria.
Preencher na alma, os espaços vazios.

Plantar uma flor que tenha a tua felicidade!
Cobri-la-ei com o manto dos raios da lua
Aquecida em ternos orvalhos de fina luz
Abraçada á meiga áurea da eterna alvorada

Fechar os olhos e suspirar o amor
No doce colo entre teus braços
Gritar aos quatros cantos do mundo
Amo... Mesmo que me julguem... Palhaço!

Baroneto




Roteiro- Chico Xavier 


1 - O maior e melhor amigo: "Deus."
2 - Os melhores companheiros: "Os pais".
3 - A melhor casa: "O lar."
4 - A maior felicidade: "A boa consciência."
5 - O mais belo dia: "Hoje."
6 - O melhor tempo: "Agora."
7 - A melhor regra para vencer: "A disciplina."
8 - 0 melhor negócio: "O trabalho."
9 - O melhor divertimento: "O estudo."
10 - A coleção mais rica: "A das boas ações."
11 - A estrada mais fácil para ser feliz: "O caminho reto."
12 - A maior alegria: "Dever cumprido."
13 - A maior força: "O bem."
14 - A melhor atitude: "A cortesia."
15-0 maior heroísmo: "A coragem de ser
bom."
16 - A maior falta: "A mentira."
17 - A pior pobreza: "A preguiça." 18-0 pior fracasso: "O desânimo."
19 - O maior inimigo: "O mal."
20 - O melhor dos esportes: "A prática do bem".




PARTE MINHA


Já não sei mais da vida sem ti
E já nem quero mais saber
Por onde quer que eu vá,
te percebo
Com qualquer letra do alfabeto
é sempre teu nome que escrevo
Já nem lembro mais de mim
quando no tempo do teu não existir
Já não sei mais quais eram as cores dos dias
que antecederam nosso porvir
Não entendo mais nada que não venha de ti
Não busco mais nada que não tenha teu cheiro
Na sinuosa geografia do teu corpo
é onde assento meu desejo
E eu te amo tanto que,
apenas dizer que te amo
já não mais me consome
Pois há tempos deixastes de ser o meu pão
para tornastes a própria fome

(Marcelo Roque)

(*Mara Gomes*)




TE VEJO EM MIM!!

E se eu fechar meus olhos e te vê
E sentir o pulsar do teu coração
Batendo forte gritando meu nome
Deixando em êxtase todo meu ser
E se eu sentir teu perfume aqui
Fazendo fluir os desejos mais íntimos 
Agitando meu corpo querendo o teu
Essa doce loucura inconsequente
Essa doce viagem da mente
Capaz de transportar você pra mim
Uma vontade, um desejo...um querer
Ah!! E se eu fechar meus olhos e te amar.

(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)




INSANA FALTA DE TI!!

Gosto de sentir saudades
Daquela que é importante
Que nem por um segundo 
Afastou-se de dentro de mim
Por vezes fico num canto
Só pra não revelar no olhar
O quanto dói não ter você aqui
O quanto teu beijo faz falta
Ausência do teu corpo maltrata
Fica essa certeza absoluta 
Que já não vivo sem você
Gosto de sentir baixinho
Quando minha alma te chama
Quando o coração reclama
Sentindo essa insana falta de ti

(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)




FRAGILIDADE!!

Estou cansada de ser forte por fora
Com sorrisos esconder minhas lágrimas
De ser coragem!! E enfrentar o mundo
Mas de ter o direito de às vezes desabar
Gritar o que me sufoca a alma...chorar 
Estou cansada de esconder o que sinto
Quando na verdade queria deixar fluir
Minhas vontades, meus desejos...você
Que por trás da couraça de guerreira
Tem um coração doce e cheio de amor
Estou cansada de ser forte por fora
Estou cansada de ser essa fortaleza
Quando na verdade sou pura fragilidade.

(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)




PEDAÇOS DE MIM!!


Eu não sou mais a mesma...
Conheci meus medos, meus receios
Vivi as tempestades loucas da vida
Devastando sonhos, fazendo feridas
Descobri que o amor às vezes magoa
Sem compaixão machuca o coração
Isento de culpas traímos a alma
Quando sepultamos o brilho no olhar
Esquecendo o quanto somos capazes de amar
Não é fácil sobreviver a tua falta de amor
Mas decidi seguir adiante e assumir o que sou
Um coração solitário que insiste em pulsar
Não!! Eu não sou mais a mesma...
Sou aquele sopro do vento gelado
Que beijou a face, juntou os pedaços e continuou.

(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)





HARMONIZAÇÃO - ORIENTAÇÃO PARA A VIDA DIÁRIA ...


1. Em todos os locais que penetrardes com a vossa consciência interior, visualizai a vossa meta e transmiti energia de cor violeta.

2. Em todos os locais que andardes com a vossa consciência interna, deixai naquele local uma flor de lótus de cor azul e dedicai ao despertar interior dos vossos irmãos que por ali transitarem.

3. Quando concluirdes o vosso trabalho todos os dias na empresa, onde é concedido o vosso sustento, com a vossa consciência interior, deixai uma flor de lótus de cor azul para que ali a harmonia se instale e o incentivo ao despertar interior se faça em vossos companheiros de trabalho.

4. Em todos os momentos da sua vida, que a sua consciência emita vibração de alegria e amor, reconhecendo no homem a centelha divina e a alma que brilha no interior do ser, aspirando pelas transformações e o começo de uma nova era.

5. Exercitai o silêncio. As palavras devem ser pronunciadas para esclarecimentos e ajuda ao despertar da vida interior no homem. Na vossa profissão, deveis fazer o melhor que puderdes e não vos envolverdes em disputas e ambição. Sede sementes de luz em todos os recantos do planeta.

6. Não permitais que os limites cármicos impeçam o vosso trabalho interno, tampouco reajais contra os empecilhos surgidos. Renunciai ao passado. Entregai-vos às hierarquias superiores e tendais fé na força cósmica que vos alimenta de amor e beleza. Manifestai a força do amor e cumprirdes as vossas responsabilidades com desapego e no sublime propósito de participar no que for necessário no plano tridimensional.

7. Elevai a vossa consciência. Meditai sempre, isto é uma prática. A oração vos coloca em sintonia com as forças superiores. Entregai-vos à luz, sem medo e permaneceis em louvor ao novo ciclo que está se abrindo na Terra. Vinde a nós, dentro do vosso mundo interior, estamos vos esperando.

Namastê!




O texto é adaptado de um poema de John Muir:

"Quero deixar minha alma livre para que ela possa desfrutar todos os dons que os espíritos possuem.

Quando isto for possível, não tentarei conhecer as crateras da lua, nem seguir os raios de sol até sua fonte. Não procurarei entender a beleza da estrela, ou a desolação artificial do ser humano.

Quando souber libertar a minha alma, seguirei a aurora, e buscarei voltar com ela através do tempo.

Quando souber libertar minha alma, mergulharei nas correntes magnéticas que deságuam num oceano onde todas as águas se cruzam, e formam a Alma do Mundo.

Quando souber libertar minha alma, procurarei ler a esplêndida página da Criação desde o princípio."

MAKTUB




‎"O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…"

Fernando Pessoa

(*Mara Gomes*)




Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração.
E no falar a mais linda canção que já se ouviu.

Sua voz falava só de amor
Todo gesto seu era de amor
E paz, Ele trazia no coração.

Ele pelos campos caminhou

Subiu as montanhas e falou do amor maior.
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu

Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim...
O renascer, morrer não é o fim.

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir

Eu sei que Ele um dia vai voltar
E nos mesmos campos procurar o que plantou.
E colher o que de bom nasceu
Chorar pela semente que morreu sem florescer.

Mas ainda é tempo de plantar
Fazer dentro de si a flor do bem crescer
Pra Lhe entregar
Quando Ele aqui chegar



Não sei se a vida é curta ou longa demais, 
mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas... muitas vezes basta ser: 
colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, olhar que acaricia,lágrima de corre...
É isso que dá sentido à vida! 
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais... 
O que importa é que ela seja intensa, verdadeira, pura e encantada... enquanto durar!!!!!!! 
Hj estou mto, mto ....

Bia Grempel




Amor com afeto e afeto sem amor


L’amour, hum hum, j’em veux pas
(Eu não quero o amor)
J’préfère de temps em temps
(Prefiro de tempos em tempos)
Je prefere le goût du vent
(Eu prefiro o gosto do vento)
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants
(O gosto estranho e suave da pele dos meus amantes)
Mais l’amou, hum hum, pas vraiment!
(Mas o amor, hum hum, de jeito nenhum)

(Carla Bruni)




“Espero para ver se você vem
Não te troco nessa vida por ninguém
Porque eu te amo... eu te quero bem!
Acontece que na vida gente tem
Que ser feliz por ser amado por alguém
Porque eu te amo, eu te adoro, meu amor
(...)
Grito ao mundo inteiro
Não quero dinheiro
Eu só quero amar.”
 (Tim Maia)





Duas canções. As duas falam de amor. Em uma se quer amar, enquanto na outra, dispensa-se o amor. E daí eis que me pergunto: queremos amor? Sabemos amar?
Aqui se falará do amor que une duas pessoas, carnal, terreno, profano e divino.
Se procurarmos nas músicas, nas poesias (e até mesmo nas prosas) encontraremos toda forma de amor. Poetas apaixonados enxergam nas cores do mundo a mesma vibração de seu peito, todo ele cheio de um sentimento de vida que descobriu nos braços de ontem e que redescobrirá no ciclo do novo (e, no mais das vezes, diferente) abraço de amanhã.
Por sua vez, compositores cantarão dores de um amor finito, cuja herança, a solidão, é a companhia inevitável de uma dor que fazem questão de rimar com esse mesmo amor do poeta feliz.
Nos filmes e livros amores impossíveis são sempre possíveis, talvez porque o amor seja sempre possível. Não sei. Não se trata disso. A pergunta é sabemos amar? Queremos amar? Estamos prontos para amar?
Essa última pergunta me lembra de uma terceira música. Guilherme Arantes. E nela ele começa dizendo que tudo que queria um dia para ele, tinha visto na sua musa desde o começo, num momento em que a paz existiu e ele se sentia renascido.
Mas será que amar é isso? Será que amar é renascer e daí se afirmar que cada novo amor, uma nova vida e que, portanto, o novo amor só vem se sepultamos o amor que já morreu?
Certamente ser amado não é (ou pelo menos não deveria ser) o primeiro requisito para se amar ou mesmo um motivo determinante para isso. Fosse assim, não teríamos tantas e tantas histórias de amor não correspondido.
Então, o que é preciso para amar? E pergunto ainda: Basta amar para estar junto?
Você que me lê e tem alguém: por que você está junto de quem você está junto?
Você que me lê e não tem ninguém: o que você precisa pra ter alguém de quem estar junto?
Você que me lê e tem muitos alguéns: o que você pensa que está fazendo?
Talvez os primeiros digam que estão juntos porque amam ou porque a pessoa com quem estão lhes faz bem (para não dizer daqueles que estão só esperando algo melhor). Por sua vez, os da segunda pergunta diriam que esperam aquele alguém que balance seu mundo, que seja companheiro e que desperte o melhor de si. Para que, enfim, os terceiros não saibam dar uma resposta que sirva como boa justificativa para que não sejam de ninguém, ao mesmo tempo em que são de todo mundo e acham que o mundo é seu também.
Para Tom Jobim, fundamental mesmo era o amor, sendo impossível viver feliz sozinho.
E daí eu venho e afirmo: é possível viver um amor sozinho. É possível amar sozinho. Não sei por quantos dias, por quantos meses ou anos. Mas o amor não depende de troca para existir. O afeto sim.
Penso que se há uma causa justa para que duas pessoas se façam juntas uma da outra é a troca de afeto. E o afeto é um elemento importante do amor. É o se sentir amado, desejado, bem quisto. É se sentir parte de um projeto de vida em que os sonhos são positivos. Afeto é a troca de beijos e de carinhos. É o que mantém acesa a chama do amor dita por Vinícius.
Todos nós conhecemos casais que “se sentem presos” em relações que julgam não satisfatórias, ou se queixam das indiferenças do outro às suas necessidades, mas que, quando indagados do por que se mantém na relação, tergiversam e dão uma desculpa qualquer.
Provavelmente eles mesmos não saibam, mas o que os mantém junto é o amor. Um amor que sobrevive apesar da falta de afeto. Mas um amor que deixa de ser essencialmente carnal, pra se tornar um amor fraterno de quem sabe que vai sentir a falta da chatice do outro ou mesmo daquela presença tão ausente.
Mas enquanto a alma pede amor, o corpo quer afeto e essa é uma equação delicada de se acertar. Mas que, ao menos, não haja traumas e nem dores, mas sim, a coragem de não desistir de amar e de querer e de ser amado e ser querido. Sempre! O amor não morre pra nunca mais nascer e o afeto não acaba para nunca mais voltar.
Seja pelo de hoje, seja pelo que virá amanhã, ainda vale muito apena amar e se deixar levar. 




Quando a nossa mudança é o outro


Não adianta negar. 
Já aconteceu comigo, com você, com teu vizinho e com aquele parente distante que a gente só lembra quando vê a foto no álbum de família: em algum momento das nossas vidas mudamos todos os nosso planos por causa de alguém. 
Ter coragem de mudar é sempre algo positivo. Não se pode dizer que não é bom. A grande questão é: por que estamos mudando? O que é que nos motiva nessa vontade de sermos diferente do que pensamos que iríamos ser?
Nossas vontades são inconstantes e nossos planos nunca são absolutos, mas nossa vida se baseia nas decisões que tomamos e nossos caminhos se fazem na medida dos passos que nos permitimos andar. Logo, se somos nós que fazemos para nós, nossa mudança não pode ser por causa do outro.

Mas nem sempre é assim que acontece. Quantas e tantas vezes mudamos tudo o que queremos (queríamos) para o futuro em nome do presente de então? Do nada nos pegamos ignorando a verdade de que a satisfação que se sente no agora é frágil e enganadora. Nos fazemos levianos com nós mesmos na medida em que apostamos nosso tempo no pouco que temos agora, muitas vezes certos de que é o melhor do que jamais iremos ter e, quando o tempo passa e a verdade vem, notamos que o que parecia “para sempre” não tinha mais do que a brevidade de um sonho bom.
Uma coisa que sempre achei injusta na vida é a necessidade de definirmos no fim da adolescência aquilo que acreditamos que será o nosso futuro. Nem terminamos o Ensino Médio e já temos que nos lançar num curso Superior específico. De uma certa forma, quando preenchemos o formulário de inscrição do vestibular, estamos pós-datando o cheque a ser compensado ao longo do nosso futuro. E isso é cruel.
A crueldade dessa etapa da vida está no fato desse período ser o período em que temos certeza que temos uma certeza (e o tempo mostrará que nunca tivemos certeza nenhuma). Quando saímos da adolescência somos todos intransigentes. Peremptórios. Pensamos ter todas as respostas e carregamos a convicção de que nos conhecemos melhor do que ninguém jamais nos conhecerá. Mas a verdade é que sabemos menos do que nos permitimos pensar.
Ainda adolescentes descobrimos uma vida de instantes complexos. Descobrimos que sentimentos não são ficção e que a ficção tem muito de vida real. O primeiro amor parece ser destinado a ser o amor do resto de nossas vidas. As pequenas glórias parecem o prenúncio de toda sorte de vitórias e isso nos faz confiantes de um sucesso a que estamos predestinados e, se não contarmos com a ajuda de quem sabe da vida mais do que o nada que sabemos, nos sufocamos na nossa própria arrogância.
E se você está se perguntando o porquê de eu estar falando em adolescência nesse texto, saiba que é porque, ao menos no amor, somos todos eternos adolescentes.
Quando amamos parece que o tempo parou e que esse amor nos fez outro. Amamos e o sonho de ontem já não sobrevive ao sentimento de hoje. Se antes nosso caminho era pra esquerda, quando amamos nosso caminho segue o caminho do outro (muito mais importante que o nosso, tão insignificante por ser só nosso). E é aqui que a mudança começa a ser preocupante.
Se mudamos nossa vida, sonhos e quereres por causa do outro, mudamos pelo motivo errado e, no instante em que nada der certo – e muito provavelmente não dará – será a esse outro que culparemos.
No começo desse mesmo amor, somos invariavelmente mais altruístas. Ficamos tão encantados com a delícia de sentir amor que pensamos ser mais importante o que fazemos pelo outro e muitas vezes nem esperamos nada em troca e nem pensamos se o outro está disposto a mudar. Mas não importa.
A verdadeira mudança tem que vir acompanhada de um verdadeiro motivo. Muda-se para ser melhor e ser melhor não é agradar o outro ou viver como se só houvesse um agora que não traz consequências depois. Mudar é crescer e crescer exige rompimentos: a menina que cresce se separa da boneca e o menino do carrinho; as roupas da infância não vestem corpos crescidos e os colos que abrigavam, já não afastam o mal do mundo.
Crescer é romper com o passado, ser cruel com o presente e se preparar para o futuro, sendo nós mesmos a mudança que queremos para o nosso próprio mundo.
Mudar pelo outro é colocar a responsabilidade da nossa vida nas mãos e nos sonhos de alguém que não vive e nem pode viver nossa vida. Ele não tem responsabilidade para conosco e nós não temos o direito de exigir dele o que só depende de nós.
Seja lá o que fizermos e escolhermos, que seja sempre primeiro por nós e para nós. Não de uma forma egoísta. Mas, só saberemos, enfim ser dois, quando soubermos – de verdade – quem somos quando somos um.











Vá! O tempo é agora e ele dura menos do que você gostaria. Então vá! Faça! Ouse!
A vida é para ser vivida e não lamentada.
Todos sonham. Todos querem. Todos desejam. Todos buscam. Mas quantos fazem? Quantos estão dispostos a saírem da inércia de si mesmos e chegarem até o destino que fantasiam para si. Quantos são os que têm coragem de arriscar e se lançarem a essa vida sinuosa, cheia de incertezas em que, muitas vezes, parece mais fácil perder do que ganhar?
Tenho pra mim que os que entendem o quanto antes que a vitória é consequência de uma luta que todos temos condições de lutar, são os que percebem que viver não é “ir atrás” do sonho, mas sim, “realizar cada querer que se quer de verdade”.
Só que a vida não premia o comodismo. O acomodado é o derrotado sem luta. A própria vida se ocupa de fazê-lo medíocre aos seus olhos e aos olhos dos outros e ele se engana ao se afirmar feliz. Ninguém é feliz quando está parado. A vida é feita para ser útil, porque ela feita para ser vivida. Viver é verbo e mesmo o verbo parar é consequência de uma ação.
Quer conseguir? Mexa-se!
O lugar comum mais comum de todos os livros de auto ajuda é que somos do tamanho dos nossos sonhos e os responsáveis pelo tamanho dos nossos desafios. Não deixa de ser verdade. Já dizia o samba enredo: “Sonhar não custa nada! Nosso sonho é tão real!”. A realidade do teu sonho depende da tua vontade.
Quantas e tantas vezes você lamentou tua sorte? Quantas e tantas vezes se perguntou por que alguns parecem predestinados ao sucesso enquanto você tem a impressão de que nada do que faz dá certo, nada do que faz é bom?
Mas o que você realmente fez? Você fez mais do que sonhar ou parou na fase do sonho? Quais são as atitudes que legitimam teu querer? Preparou-se para o sucesso que você se sonha? Preparou-se para a luta que é viver? O ringue está armado desde o instante em que você viu a primeira luz. Só falta você subir. Mas você tem medo...
As melhores conquistas são dos mais ousados. Isso é fato! O homem só chegou ao céu porque não teve medo de voar e, principalmente, não teve medo de cair. E, se é que teve medo, a vontade de conseguir era mais forte que o medo de falhar.
Se não deu certo na primeira, tente na segunda. Se a segunda não foi boa, continue tentando. Se você realmente quer, não vale a pena parar quando o que importa é conseguir. Quando se quer, se tem (mas desde que faça!). A nossa maior força está em nós mesmos. Somos os deuses das nossas conquistas. Os donos de nós mesmos, donos, inclusive das nossas vontades.
Se dorme demais, acorde!
Se está deitado há muito tempo, levante!
Se tem lido pouco, abra o livro e só feche-o quando terminar!
Mude!
Está parado? Ande!
Está andando? Corra!
Mas mude!
Feche teus olhos. Pensa teus sonhos. Veja onde estás agora e aonde ainda quer chegar. Para estar onde se vê, o que você precisa é fazer. E por que ainda não fez? Te falta tempo? Arrume! Se organize! Durma menos e viva mais! Não sei de você, mas você sabe.
Não arrume desculpas que te façam perder antes de lutar, que te façam morto antes mesmo de viver. Viver é verbo: intransitivo e intransigente.
Não se contente com o que há agora, porque ainda há mais para depois. Prepara-te para o que virá e faça-se a si mesmo na posição de conseguir. Seja sábio!
Principalmente: seja sempre para si e por si e não pelos outros e para os outros. No fim da vida, a satisfação que você tem que prestar é para si mesmo e para a vida que te foi dada e que você deixou de viver.
Vá viver! Não se lamente da vida quando a tua vida é você. Mesmo quando a vida parece nos surpreender com um desvio inesperado no nosso caminho, somos nós que continuamos no controle e decidimos qual o novo caminho para o mesmo destino. Não há um final escrito para ninguém. Somos a página em branco da história de nossa vida e cada linha dela é escrita por nós. A minha por mim, a tua por ti. E mais ninguém.






Recomeçar





Chega uma hora que é inevitável: você percebe que fez tudo o que podia fazer e que ao seu modo tentou o quanto podia tentar, mas, simplesmente, não dá. Tudo aquilo em que você investiu, cada sonho que você sonhou, cada projeto, tudo parece cada vez mais distante na história de você e, a única coisa que você consegue concluir é que acabou. Acabaram-se os planos, acabaram-se os motivos, acabaram-se os dias que você esperava mas que ainda nem chegaram a nascer.
E não é porque você não tentou. Acontece que, na vida, assim como tudo tem um começo, é normal que tudo tenha um fim.
Mesmo aquilo que hoje pensamos que é pra sempre, dura só até o dia seguinte de hoje ou até que ache, no dia seguinte, o seu último hoje. Os nossos melhores sonhos, nossos melhores desejos, nossos melhores planos, duram. Simplesmente duram. Duram até que acabem. E acabar é normal.
Não digo com isso que não vale a pena investir ou que não se deve sonhar, planejar, querer, etc. Deve-se sim. É bom. O que quero dizer é que o fato de uma hora ou outra acabar não é motivo para não se começar. Vai dar certo! Enquanto tiver que dar certo, vai dar certo e, quando não der mais e acabar, começa-se de novo. Recomeça-se.
Por que temer o novo? Por que temer recomeçar? Por que nos agarramos com força ao passado se é pra frente que se anda? Por que nos preocupamos com o tempo investido?
Trago em mim a certeza de que não é certo pensar que acabar hoje é ter jogado fora o tempo que passou, porque se o tempo que temos é o tempo que vivemos, tudo o que fizemos foi viver e viver é começar, acabar, talvez sofrer e, secadas as lágrimas, recomeçar. E as histórias de superação são sempre mais interessantes...
O que temos e fizemos não nos pertence de forma absoluta, mas é nosso enquanto queremos ou, se não depende apenas de nós, é nosso enquanto somos queridos ao mesmo tempo em que queremos. Nada que passe disso é saudável ou normal.
Assim como não é saudável esperarmos no outro o nosso sim e o nosso não. O outro tem a vida dele, nós temos a nossa e ninguém pode decidir por ninguém. Então não espere. Não espere a ninguém. Ninguém esperará você. Se você esperar o outro, quando menos perceber, ele estará lá na frente mostrando que superou você.
Vive la vie! Commencer! Réincarnés par vous!
A vida não nos exige tanto. Ela quer ser vivida e apenas nos obriga a fazer por onde alcançar e merecer o que queremos e, quando alcançarmos, buscarmos outra razão para continuar. Viver é conquistar todo dia uma nova razão para sorrir, um novo motivo para abrir os olhos, respirar, fazer e conseguir. Se acabou, só nos resta recomeçar.
Até que ponto é justo conosco nos agarrarmos ao egoísmo que nasce no nosso medo do novo? Quantas e quantas vezes não temos escolha e por isso nos é imposto recomeçar? Ora, se recomeçar é possível quando não se tem escolha, por que nós mesmos não optamos por recomeçar?
A vida é uma só, mas não é por isso que deve se basear numa só escolha. Se não deu certo, supere e tente outra vez. Não desista e nem tenha medo. Sentir dor é normal. Se você não sentir essa, vai sentir outra. Mas ter dó de si mesmo não vai te levar a lugar nenhum. Não há tempo para lamentar por si, quando, se você não vive, só você perde, mas quando você prossegue e vai adiante, sofre só quem ficou pra trás e deixou de viver. Autocomiseração é démodée, seja forte e seja útil pra você: vá! Levante! Recomece e lute! Comece, recomece e faça tudo outra vez... Vá viver!