segunda-feira, 14 de maio de 2012

Perigo das Fotos Digitais: Caiu na Net


Atualmente ganhou força com as tecnologias, o costume de fotografar-se intimamente uma prática, na maioria das vezes, simplesmente para ter a imagem do próprio corpo em seu celular, notebook, ipad e outros mecanismos portáteis, bem como em casa no computador particular, como forma de auto-voyeurismos, outra razão para isso é apimentar a relação ou presentear maridos e namorados com fotos em poses intimas. Mas o grande perigo é o material fotográfico cair na internet.
A facilidade de ter um celular, câmera ou equipamentos digitais que registram imagens e não precisar levar as fotos a um laboratório para revela-las e ver o resultado, popularizou o hábito de registrar uma grande quantidade de momentos da vida diária, inclusive momentos íntimos.
A facilidade de ter uma câmera na mão e não passar pela inconveniência de ter de revelar as fotos para ver o resultado parece ter popularizado o hábito de fazer registros cada vez mais íntimos, até certo ponto, podemos dizer que é um tipo atual de narcisismo, algo que delícia ao ver suas próprias imagens.
Gente conhecida, atrizes famosas, do Brasil e do exterior, bem como um grande número de mulheres anônimas, sem suas permissões, tiveram suas fotografias íntimas reveladas na internet. Polemicas a parte, isso revela que ainda não sabemos nos proteger e lidar com a tecnologia disponível, uma vez que por ela ter acesso fácil e quase sempre sujeita ao anonimato, de quem lança registro na rede mundial, a privacidade torna-se assim, a maior vítima dela. Por outro lado, revela que a pratica de fotografar-se sem roupa, torna-se cada vez mais natural e rotineiro. 

Imagens sempre fascinou o ser humano, a prática do auto-voyeurismo e narcisismo é mais antiga do que se pensa, na antiguidade isso era feito através dos espelhos de água, nos lagos e rios, depois através dos espelhos de cobre polido, mais tarde o espelho de vidro. Com a invenção da maquina fotográfica, abriu-se as possibilidades guardar-se o registro de momentos de intimidade, logo após as maquinas evoluíram, apareceram as portáteis e facilitaram a obtenção, seleção e arquivamento de imagens, apareceram as maquinas instantâneas Polaroyd que facilitaram mais ainda, pois os registros com elas dispensava as incomodas revelações. Na era da informática, a popularização do computador e com a invenção do Scanner, as imagens deixaram as gavetas e passaram a habitar os Discos Rígidos e daí, ganharam o espaço virtual, culminando por último nas atuais fotografias digitais, que lotam a Internet. 

As imagens de corpos nus atiça a curiosidade, não é por acaso que os sites eróticos são o mais acessados, os mais lucrativos e o segmento que mais disponibiliza conteúdos na internet. A facilidade para conseguir fotografias eróticas e pornográficas é enorme e o compartilhamento de tais conteúdos é vasto, isso torna mais corriqueiro a satisfação narcisista, voyeurista e exibicionista do ser humano, ganhando dimensões de larga escala.
Sejamos francos, quem nunca sentiu vontade de bisbilhotar um sitezinho pornográfico, quem nunca fantasiou fazer fotos de nu, quem nunca fantasiou exibir-se para outras pessoas, mesmo que por fotos ou instintivamente?
A maioria das mulheres sente vontade, pelo menos alguma vez na vida, de ser modelo de fotos eróticas ou sensuais. Na posse de uma máquina fotográfica digital, isso se torna uma brincadeira e num estalar de dedos é possível se fazer dezenas de fotos em frente ao espelho. Praticamente, essa prática, serve para comparar as partes do corpo, perceber os seus detalhes, em ângulos impossíveis aos olhos, tirar a prova se cada um dos detalhes ou partes do corpo, são bonitos ou não. Além da auto-satisfação, existe o motivo para apimentar a relação e ver mais tarde imagens do ato sexual ou mesmo, guarda-las como recordação e em momentos propícios acessa-las para admirá-las novamente, por que não durante uma masturbação. Assim, as imagens caseiras são produzidas aos milhares todos os dias. Nesse caso, a intimidade nas fotos e a confiança que a mulher deposita no parceiro, serve como um presente ou uma prova da sua cumplicidade.
O grande problema é quando essas fotos deixam a intimidade e passam a fazer parte do espaço virtual, ou seja, escapam do seu domínio e tornam-se públicas, por um descuido, por perda de aparelhos e pendrives, por envio dos mesmo a uma manutenção, sem os cuidados de retirá-las do aparelho avariado ou, por vingança do ex-parceiro, devido ao término do relacionamento.
As leis para a publicação de materiais na Internet, ainda engatinham hoje em dia, apesar de ser possível mover processos judiciais, o rastreamento da informação é difícil, demorada e cara, além de ser quase impossível conseguir tais informação com os possíveis servidores de armazenamento dos arquivos, uma vez que, a grande maioria dos armazenadores são propriedades de empresas no exterior, o que leva a uma intensa batalha judicial de custo elevado.
Uma vez armazenadas no disco rígido de um computador, mesmo que os dados sejam apagados através de uma formatação, as imagens estarão sempre presentes no disco e podem ser acessadas através de programas desenvolvidos para isso.
Não existe portanto um meio seguro para proteger tais imagens, a não ser a destruição completa do equipamento, sendo assim, melhor é pensar muito antes de fazer imagens íntimas.





Um comentário:

  1. Gostei muito do artigo, mas o que dizer das imagens enviadas anexadas no email pessoal?

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