segunda-feira, 4 de junho de 2012

De olhos bem fechados - João Carlos Aleixo - Em “Devaneios”



Deitado no meu sofá, na calada da noite 
fecho os meus olhos, viajo pelo universo 
procuro por ti, de olhos tapados 
liberto a imaginação. Solto o felino que há em mim 
não preciso te ver, não preciso te sentir 
simplesmente fecho os olhos e viajo, liberto-me, deixo que me seduzas 
afinal, tu estas aqui, vendas-me os olhos 
desabotoas cada botão da minha camisa, libertas a minha paixão 
roças os teus lábios pelo meu pescoço 
trincas-me os meus lábios carnudos 
desenhados a mão, perfeitos para te amar 
mas nessa noite, és tu que me amas, és tu que me possuis 
de olhos bem fechados, sinto o teu toque 
o teu deslizar pelo meu peito 
trincas-me o meu mamilo, beijas-me o meu umbigo
eu simplesmente sinto um arrepio que percorre o meu corpo 
sinto-te em mim, sinto-me a apaixonar 
tu abusas, tu provocas-me, eu sou teu, imóvel, 
mas com o desejo que me corrompe 
deixo-te prosseguir, deixo-te que me envolvas 
cada beijo teu um arrepio, as tuas mãos levam-me a loucura 
de olhos bem fechados, sinto que queres mais 
num movimento só, tiras-me as calças 
deixas-me a nu, simplesmente despido de pudor, de tabus 
as tuas mãos, acariciam, a tua boca faz-me gemer de prazer 
de olhos bem fechados, sinto-te destímida, sem medos 
amas-me como nunca o tinhas feito, exploras cada centímetro do meu corpo 
fazes-me vibrar, fazes-me viajar pelo universo 
e de olhos bem fechados 
deste-me o melhor orgasmo da minha vida...






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