quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tênue teia...


Construí meu abrigo nuclear
A brisa o desfez
Me preparei para a tempestade
A garoa beijou meus cabelos
Fortaleci os muros do meu castelo
E por fissuras ínfimas brotaram flores
O dique se rompeu
E no início era um filete d’água
A mais poderosa das forças 
É a sutileza...
Como a aranha que tece sua teia
Fina, delicada, suave seda
Mais forte que o aço
Acreditei que estava imune
Incólume, ilesa
Leso engano
Meu erro foi usar a armadura
Quando ele veio em forma de música
Meu equivoco foi construir um forte
Quando ele veio em forma de saudade
Inaudível... Gritante
Invisível... Brilhante
Insensível... Vibrante
Como o sol que entra sem ser convidado
Basta achar uma fresta...
Onde se proteger
Do que sutilmente mora em minha alma
A tênue linha que separa o que esqueci
Do que ainda lembro...


Laisa Ricestoker

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