No teu ósculo arfante eu tenho um portal
Para uma dimensão hedônica, quase selvagem
De pensamentos promíscuos isentos da moral.
Vem donzela! Me beija com sacanagem!
Vai, encosta tua coxa à minha...
Enlevando tua libido, a mim se entregue.
Não te assustes d’eu bolinar em tua calcinha,
Percebendo que meu membro se ergue.
Outra mão te deslizo desde o lombo,
Admiro a saúde do teu hálito que suspiro.
Esmorecendo nos meus braços que te impedem o tombo
E dos teus pulmões é o oxigênio que respiro.
Tua cerviz é um álamo que farejo como esquilo,
Inebriante odor aquentando-me quando inalo.
Existe hora de respeito e de “pensar naquilo”...
...Sim! Te desrespeito pondo tua mão no meu falo!
Nos movimentos sinuosos da tua cintura
Existe uma volúpia que me faz pasmado,
Desvelando da razão uma proibida candura.
Sinto-me um quadrúpede vendo tal rebolado.
Como a casca de fruta, removo teu vestido.
Sedenta, esfrega a virilha em impetuoso amplexo,
Parolas obscenas sussurra em meu ouvido,
Sabendo que estou só pensando em sexo.
Mistério em teu sorriso haja,
Dominando meu ego sacana que sonha,
Hipnotiza minha secreta e viril naja
Que anela lançar-te inofensiva peçonha.
Das tuas tetas, ternura singela a me agradar,
Regressa-me à uma vontade mamária infantil
Que algum complexo Freudiano tentaria explicar,
Exceto a insatisfação de um tarado juvenil.
Se recusas me presentear o coito,
Causando mil ereções vãs de cio ativo
Pela regra mensal, torna-me afoito, [Fomentando]
Isoladas seções de um onanista compulsivo.
Tu és banquete de manjares apetitosos.
Tua boca, sexo, tuas nádegas e seios.
Servir-me-ei de cada um com assédios carinhosos,
Incansavelmente, em secretos anseios.
Para tal banquete, talheres e ferramentas nuas:
Minhas mãos: o garfo que tateia, cata e insere,
Firmam, cutucam e masturbam as curvas tuas
E eu tenho uma faca que não fere.
Minha língua é a colher, para teus suspiros colher.
Depois engolir o clímax ofegante,
Silenciar tua tensão e teu gemido acolher,
Antes de usar uma faca penetrante,
Que introduzo premida em deliciosa posta.
Saciando-me te como, te absorvo no total,
Mantendo-te cativa e admirando tua costa.
Desesperada, grita agora, geme e goza no meu p...
Relaxa após e da minha costela fazes travesseiro.
À ocultos locais belos quer explorar minha mão,
Pois ela é como um solitário aventureiro
Querendo se perder na “Caverna-do-Dragão”.
Reclamas de o poema ser nu e vil assim,
Mas à arte, não limite pudor nem sorte.
A inspiração: teu suor, carne, desejo para mim
Como ninfomaníaco condenado à morte.
Um marquês maldito do sadismo dizia
Que o corpo nu é a obra mais divina.
Pois, que perfeito não seria
Duas obras numa conjunção libertina?
Na vida de tantos, tal prazer faz parte.
Um poema indecente a muitos convém,
Pois o sexo sempre foi e será a arte
Que só os safados dominam bem.
In: ema
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