Desde sempre, nas produções cinematográficas, com exceção de poucas, como a saga de Scarlett O'Hara em Tara, nos livros, na educação dos filhos, na postura dos homens escorados na esquina, nos bancos das praças: o homem é o motor sexual e a mulher vai em um segundo plano, uma mera coadjuvante.
Mesmo nas produções do cinema pornográfico, a mulher não passa de um objeto sexual, ainda que o titulo dê a elas o status de poderosas devassas. As produções vão na direção da satisfação dos desejos masculinos, tanto para fazer sexo, como para se deliciar ao assistir.
É masculino, o instinto de fecundar o maior número de fêmeas e passar adiante a sua genética. É feminina a tendência da escolha única do melhor companheiro, para gerar e fazê-la mãe, segurando o macho no seio doméstico, para a sua proteção e da prole.
Isso têm garantido e determinado, desde os primórdios da sociedade, a relação de força entre os dois sexos, como um muro indestrutível, uma filosofia que se arrasta por séculos infindáveis. Porém que as muralhas estão indo abaixo.
Pesquisas e estudos, fazem descobertas a respeito da sexualidade feminina e questionam premissas que há muito estão estabelecidas em nosso meio. A idéia de que os homens gostam mais de sexo que as mulheres está indo por água abaixo. Até pouco tempo atrás, os hormônios masculinos eram as bençãos do sexo e os femininos a desgraça para ele. Surgiram novos conceitos científicos, novas descobertas hormonais, aumentando muito os conhecimentos que até pouco tempo, resumiam-se a testosterona e progesterona.
O estrógeno é a poderosa substância que desperta a libido feminino, porém os homens também o possuem para evitar uma série de doenças como por exemplo, a osteoporose.
Os estudos sobre o clitóris e comportamento, provaram que a mulher é um ser voltado ter prazer no sexo e que a sua vocação para a monogamia não passa de um conceito errôneo e em nada tem a ver com a sua natureza sexual, isso por sinal é algo referente a quase todas as espécies animais, das moscas ao maiores mamíferos, acasalam-se com vários machos, durante a sua vida.
A mentalidade de que somente os machos são poligâmicos é o maior mito da sexualidade humana. O adultério é tão comum entre nós, quanto o casamento. A fidelidade é uma opção, mas não uma imposição biológica.
O Movimento feminista, da queima dos sutiãs à atualidade, baseia-se no conceito de igualdade para homens e mulheres e que a mulher tem direito ao prazer, do mesmo jeito que o homem. O conceito feminista acerta no objetivo social e sexual, mas erra diretamente no seu argumento de igualdade, pois homens e mulheres não são iguais. Não se pode negar , são totalmente diferentes na forma como lidam com sexo e desejo. Mas, isso não quer dizer que as diferenças proclamam uma supremacia masculina. Bem ao contrário disso, a mulher tem formas de prazer mais sofisticados que os homens. A sexualidade feminina e mais abrangente, inclui romance, elementos estéticos (lençóis, roupas e ambientes), dançar, jantar, sentidos (olfato, visão, toque). A sexualidade masculina é concentrada no momento orgásmico.Em outras palavras, desejo sexual dos homens é mais constante e objetivo; o das mulheres, mais intenso e amplo. Isso faz ruir o conceito de que a busca do prazer seja exclusiva do sexo masculino. Nesse sentido, como explicar que são as mulheres, e não os homens, que possuem corpo exclusivamente planejado para o deleite sexual, com seios, vagina, vulva e clítoris, extremamente sensíveis?
O orgasmo feminino é tão complicado que ainda não á uma tese suficientemente esclarecedora e estamos muito longe de entendê-lo. Ninguém até hoje é capaz de explicar as diferenças entre orgasmos vaginais e clitorianos, ou se ambos são apenas etapas de apenas um, pois nunca foi identificado uma razão organica para a separação definitiva, o que se sabe, são depoimento de mulheres sobre as diferenças.
Além disso, há também os orgasmos múltiplos - algo que homem nenhum é capaz de conseguir, compreender e sentir menos ainda. O multiorgasmo, são na verdade, orgasmos menores um após o outro, numa série rápida de excitação entre cada um dos clímax. Ou seja, um êxtase depois do outro, sem precisar de novas fases de excitação, porque se mantêm num nível de tensão sexual elevada por muito tempo. Todas as mulheres têm a possibilidade de ter um multiorgasmo, mas poucas provam pois depende de características inatas.
Tecnicamente, o orgasmo feminino é um reflexo do corpo, que se manifesta por contrações vaginais e resultado direta de uma combinação complexa de estímulos. Podem ser fisicos, visuais, imaginários, clitorianos, táteis, etc.
O desejo sexual pode se reduzir por motivos orgânicos ou doenças, que passam a produzir em excesso a prolactina, hormônio inibidor da libido (responsável pela perda de apetite sexual durante a amamentação), mas é raríssimo. Poucas mulheres são fisicamente incapazes de ter orgasmo.
As mulheres estão mais sujeitas que os homens aos obstáculos emocionais que atrapalham o sexo, seu sofisticado mecanismo de prazer é imensurável. A mulher através de sua mente, tanto pode bloquear o prazer quanto dar vazão a ele. Há mulheres que chegam ao orgasmo somente criando fantasias com os seus pensamento. O gênero feminino dá uma surra nos homens quando o assunto é fantasia sexual e na hora de manifestá-las. Para isso, lança mão de muitas ferramentas que lhes são disponíveis, faz curso de sexualidade, de dança do ventre, de strip-tease, enquanto o homem se preocupa mais com a sua rigidez e potencia sexual, ou seja, manter-se duro e não negar fogo.
Para nós, esse novo entendimento de como o desejo se manifesta nas mulheres, é ótimo, pois ter consciência da sua sexualidade é um grande passo para sentir mais prazer e ser mais feliz. Para os homens, ampliam-se as possibilidades para finalmente encontrarem mulheres bem resolvidas, desejosas e felizes e os horizontes de terem uma vida sexual mais sadia e satisfatória, se absorverem os novos conceitos.
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