Do Livro: TRATADO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
A palavra elemental vem de “elemento”, dos quatro elementos da natureza: água, fogo, ar e terra. Os elementais são os chamados espíritos da natureza que presidem e estão associados a cada um dos elementos. Podem ser chamados de espíritos dos elementos. Há uma diferença entre elementais e espíritos da natureza. Os primeiros são os espíritos da natureza que estão associados aos elementos. Os segundos formam uma classe maior que independe dos elementos e se associa a outros fenômenos naturais.
Cada um dos elementais ou espíritos da natureza se desenvolve e faz parte de um dos quatro reinos dos elementos. Existe o reino do elemento terra, do elemento ar, do elemento água e do elemento fogo. Cada um destes quatro reinos abriga seres cuja natureza é originada na “essência” de cada um desses elementos. Há seres que tem sua origem e vivem no elemento água; outros que vivem no ar; há os que vivem na terra e até mesmo aqueles que existem e atuam no fogo.
No esoterismo os elementais são denominados de Duendes ou Gnomos, da terra; Silfos, do ar; Salamandras, do fogo e Ondinas, da água. Os elementais são invisíveis aos nossos sentidos, de natureza etérica, ou seja, compostos de energia do nível etérico. Embora de níveis inferiores de energia, ainda assim são incapazes de serem detectados pelo olho humano.
Os elementais, segundo Franz Hartman, não tem espírito imortal, ou seja, não possuem um princípio espiritual eterno, pois pertencem a um agrupamento maior de seres que são, esses mesmos, o seu princípio. Eles são dotados de uma consciência coletiva e de função, cumprindo o que lhes é estabelecido pelas hierarquias superiores e pelas leis a que estão conectados. “Estes seres têm por tarefas manter as atividades relacionadas com seus respectivos elementos; são os condutos através dos quais operam as energias divinas nestes meios diversos e são em cada elemento a expressão viva da lei.” (Glossário Teosófico)
Há graus diferentes de inteligência nos elementais, eles não pertencem a um mesmo nível e formam tipos diferentes. Dizem que por de trás da manifestação dos elementais estão seres bem mais elevados, os devas, co-criadores com a natureza, que comandam hostes compostas por legiões imensas de elementais, cada qual dentro do seu nível e função, mas ligados à uma fonte maior do reino dévico.
Diz-se que conhecendo as funções e a natureza dos elementais, torna-se possível entrar em contato com eles e realizar grandes feitos. Da mesma forma que os devas, os elementais são seres puros, sem maldade ou impurezas. Eles não possuem discernimento capaz de diferenciar uma boa ação de uma má ação. Por este motivo, podem responder aos chamados de magos e sensitivos. Porém, as tradições espirituais afirmam com veemência que, aqueles que se utilizarem dessas dádivas da natureza para finalidades mesquinhas e egoístas, ou para causar prejuízos a quem quer que seja, estarão cavando seu próprio túmulo, além de concentrar enorme quantidade de karma negativo que só poderá ser transmutado com várias existências corpóreas de sofrimento.
Alguns místicos afirmam que o reino elemental não evolui da mesma forma que os seres humanos. Ocultistas como Leadbeater falam a respeito de uma linha de evolução seguindo paralelamente à linha evolutiva mineral, animal e humana. Pode ser que os elementais não sejam capacitados a uma evolução individual, mas sim a uma evolução grupal, já que todos estão conectados uns aos outros formando uma consciência coletiva. Nesse sentido, falar em evolução individual para um elemental não tem muito sentido, já que cada reino está sempre indissociavelmente ligado à consciências superiores a sua. Outros pesquisadores, no entanto, afirmam que os elementais vão, um dia, conquistar a sua individualização e passar ao reino humano. Essa hipótese encontra certa sustentação na literatura da TVP, já que algumas pessoas durante a regressão se percebem como espíritos da natureza em tempos muitos antigos.
É interessante notar como alguns sistemas de essências florais são produzidos com base no contato direto com o elemental daquela flor. Esse é o exemplo dos chamados florais havaianos, descoberto por Penny Medeiros. Penny é uma sensitiva residente no Havai que entrou em contato psíquico com os espíritos guardiães de várias flores. Penny perguntava aos elementais quais eram as propriedades curativas daquela flor, principalmente nos níveis mais sutis, e o elemental dava uma descrição de como a flor deveria ser usada e para que servia. Inclusive, os florais havaianos têm ampla aplicação para problemáticas de vidas passadas. Uma das mais conhecidas terapeutas de floral havaiano do Brasil é a terapeuta de vidas passadas Camila Sampaio, que usa as essências florais do Havai paralelamente ao seu trabalho com TVP.
Tendam fala em dois tipos de espíritos da natureza: 1) espíritos da natureza que procuram evitar as pessoas, fugindo delas e 2) Espíritos da natureza que gostam das pessoas, as acham interessantes e aproximam-se do reino humano. Quanto mais alto os espíritos da natureza vivem, maior o seu tamanho e suas dimensões. Tendam afirma que “é mais frequente encontra-los em terapia de vidas passadas”, mas acrescenta que “parece rara a transição para seres humanos”, ou seja, é raro que um espírito da natureza se individualize e passe a nascer no reino humano, embora isso seja possível de ocorrer.
Pessoas que tiveram vidas como espíritos da natureza ou elementais podem sentir grande dificuldade de adaptação ao reino humano e também aos julgamentos de valor típicos do nosso comportamento. Por terem sido puros e límpidos, sentem-se perdidos no mundo materialista e competitivo e procuram se esquivar de tudo frequentando florestas e locais próximos a rios, lagos, mares, ao vento, a terra, tudo o que lembre o ambiente natural que deixaram. Através da TVP, é possível tratar as vidas de elementais ou espíritos da natureza e ajustar a energia do atendido ao seu meio.
Considerações Gerais:
Alguns espíritos da natureza presidem florestas, matas, rios, lagos, montanhas, entre outros. Mas segundo Tendam, outros espíritos da natureza acabam se associando com locais construídos pelo homem, como casas, estradas, objetos etc. Outros podem aproximar-se dos humanos e participar de algumas brincadeiras, pois eles são alegres e livres.
Outros elementais saem do seu ambiente natural e ficam confusos e perdidos nas cidades, sem saberem o que fazer. Tendam conta um caso de algo parecido: “Uma vez encontrei um espírito de caminhão, que tinha-se juntado a um motorista de caminhão, que viajava pela metade da Europa por que não conseguia encontrar a sua terra.”
Os sentimentos dos elementais em relação as pessoas é ambíguo. Por vezes as amam, outras as odeiam. Sua aversão se dá, em grande parte, pelo desrespeito que o ser humano tem para com a natureza, pois eles a consideram o seu lar e não compreendem como se pode conscientemente destruir nossa própria casa.
By Hugo Lapa - in: hugolapa.wordpress.com
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