Astrologicamente, a Lua representa a parcela mágica da nossa psiquê, que é capaz de se encantar com as imagens internas e externas, capazes de alimentar e educar a nossa criança interior. Com suas quatro fases distintas, dividindo o seu ciclo zodiacal (de vinte e oito dias, o mais rápido dentre todos os astros), a Lua nos convida a refletir acerca da ciclologia da nossa própria vida e de nossas emoções: ora estamos em pleno processo de inspiração e desenvolvimento, como se fôssemos a Lua Crescente; e então ficamos plenos e inflados, como a própria Lua Cheia; depois, tendemos a minguar e murchar, como a Lua Minguante; e em seguida nos sentimos renovados e prontos a iniciar um novo ciclo, como a Lua Nova.
Retratando a Poesia e, mais até do que isso, a poética dentro de nossas vidas, a Lua, considerada o astro dos namorados, nos fala, através de sua luz suave, de sutileza e encantamento. Enquanto o Sol, com sua luz forte, é símbolo da consciência, da razão, da objetividade, do masculino, a Lua é símbolo do subconsciente, da magia, da subjetividade, do feminino.
Com a ocorrência dessa Super Lua, testemunhamos hoje, estamos sendo convidados pelo Cosmos a sentir a mágica e a poética dentro de nós, que nos animam a mirar o alvo dos sonhos que buscamos realizar, retesando o arco da Poesia para disparar a flecha encantada da Magia, em direção ao Infinito, recuperando nossa capacidade de transformar abóboras em carruagens, sapos em príncipes, pererecas em princesas, resgatando o nosso dom de voar, buscar, sonhar e de se encantar com a realidade, que sempre pode ser bela.
Haroldo Barros
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