Esta semana o blog do Mr. X fez uma indagação que não é nova, mas continua interessante, principalmente quando as idéias e as letras são tratadas com gentileza, como é freqüente neste excelente blog.
O Mr. X pergunta: qual o sentido da vida?
A questão já habitou as mentes mais iluminadas da História e continua a intrigar todos que a ela se dedicam. Não seria este blog, portanto - e muito menos eu -, a respondê-la. A única pista de que dispomos, creio eu, é que existe sim um sentido, inabarcável em sua totalidade, mas com "pedaços" acessíveis à compreensão por meio da intuição, da percepção, da dedução, da reflexão e, principalmente, por meio da Revelação.
Observando a realidade podemos identificar padrões por trás dos fluxos, analogias, fractalidade, simetria e auto-singularidade em todos os objetos existentes no universo, compondo uma Ordem Natural que espelha uma Ordem Divina, ou seja, a Vontade de Deus.
Nunca entenderemos o sentido total da existência porque ela engloba a soma de todas as possibilidades e esta consiste na Mente Divina, o Logos. No entanto podemos entender um pouquinho deste sentido, seja pelas nossas faculdades cognitivas, seja pela Revelação, e como ele é a representação da Vontade Divina, devemos nos apegar a este sentido compreendido da mesma forma que um náufrago se agarra a um bote salva-vidas.
Além do tema intrigante que a postagem levantou, também me identifiquei com o sentimento de impotência e conseqüente inutilidade do blog. Não tenho competência para dar conselhos a ninguém, mas costumo pensar assim: se o blog servir de semente para uma hipotética salvação de uma única alma, já está valendo; se ninguém leu, mas serviu para organizar o que vou aprendendo, está valendo também. No caso do blog do Mr. X, além de agradável e interessante, é útil e deve continuar a espalhar informação de qualidade e opiniões consistentes. Portanto, mãos à obra! Continue escrevendo!
A todos que se preocupam com o tema que deveriam mesmo se preocupar, indico o livro do Viktor Frankl, Em busca de sentido: Um psicólogo no campo de concentração, indico o artigo do Olavo de Carvalho, O abandono dos ideais.
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