O calor das tuas mãos e teu olhar brilhante, sobre meus pés à mostra. O dorso, dedos e solas, pedem pelas tuas carícias.
Minha alma mostra impaciência e meu corpo ferve num desejo ensandecido. Quase perco os sentidos ao sentir o toque dos teus dedos frios e enlouqueço de uma vez por todas, com a sensação de molhado e morno da tua boca.
Tu me olhas em contemplação, como a implorar-me, para que eu me deixe ao léu dos teus desejos e fica totalmente radiante, ao sentir meu salto ferir a pele do teu rosto. Mesmo levemente ferido, gemes bem baixinho e se submete lambendo as formas de couro negro envernizado.
Sinto-me em completo êxtase diante da tua reação e te vejo esfregar a sola de meu sapato na pele da tua face. Eu te ofereço o salto e o chupas como um falo, com enorme prazer.
Abandono um dos sapatos ao chão e brindo-te com meu pé desnudo, tu beijas o dorso delicado e lambe entre os dedos, deixando-os molhados.
Os estímulos ficam-me cada vez mais fortes, fazendo-me descobrir novas sensações. Num fortuito instante volto à razão e sinto-me ao sabor de impressões e prazer, nunca antes, por mim vividos.
Como privei-me deste prazer e dessas delícias, eu não imaginava o tesão capaz de incendiar ao por os pés à adoração e o enlevo que contagia ao ter uma língua passeando entre os dedos.
Teus lábios sobre meus pés desnudos, parecem sorver pelas extremidades as minhas vibrações, se apossam dos meus pés, como se conhecessem, deles todas as dobras e caminhos.
Teu prazer é o toque nos meus pés e através deles tu tiras meus alicerces. Meu prazer é te desconcentrar, oferecendo meus pés para beijares. Não entre nós, o fraco e o forte, apenas dois pés, adorador e adoração. Neste instante não há tempo e nenhum espaço, somente um tesão à tomar nossos corpos.
Deixo-me e sinto-me ser invadida, enquanto a tua língua molha-me os pés. A sensação de ser possuída assim, é indescritível em termos mortais. Um incêndio inicia nos pés, queima as minhas coxas e arde-me no sexo.
Estremeço da cabeça ao pés e o meu orgasmo alia-se ao teu gozo, fazendo de nós, apenas um só!
Abandono-me à revelia e tu não renuncias aos meus pés, dá-lhes teus últimos carinhos, até me ver adormecer!
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© COPYRIGHT BY LENA LOPEZ
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