Se há algo em que o prazer é bom é a cobrir vazios.
O prazer cobre. O prazer esconde. E depois pensas que amas quem te dá prazer quando na verdade só amas o prazer.
Amas o prazer.
Ficas viciado naquele prazer.
E transportas o que amas no prazer para o que não amas na pessoa.
Todo o prazer é amável.
Deixa entrar. Deixa-te entrar. E sentas-te.
E ficas confortável. Vais ficando confortável dentro dele.
Aos poucos constrói um amor sobre o prazer.
Um castelo de amor sobre um castelo de prazer.
Se está sobre o prazer: está sob o amor.
É um sub-amor. Amo um sub-amor.
Amei sempre um sub-amor.
Um amor que não era a uma pessoa.
Um amor ao que uma pessoa me podia dar.
Ao prazer que uma pessoa me podia dar.
Pensei que só o amor poderia dar tanto prazer.
O amor não se mede em prazer.
Porque há amores que nem precisam de prazer.”
Pedro Chagas Freitas.
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