quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Amor é...

O amor é o início. 
O amor é o meio. 
O amor é o fim. 
O amor faz-te pensar, faz-te sofrer, 
faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo. 
O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar. 
O amor castiga-te. 
O amor compensa-te. 
O amor é um prêmio e um castigo. 
O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio. 
O amor é alegria. 
O amor é tristeza. 
É ciúme, orgasmo, êxtase. 
O nós, o outro, a ciência da vida. 

O amor é um pássaro. 
Uma armadilha. 
Uma fraqueza e uma força. 
O amor é uma inquietação, uma esperança, 
uma certeza, uma dúvida. 
O amor dá-te asas, o amor derruba-te, 
o amor assusta-te, o amor promete-te, 
o amor vinga-te, o amor faz-te feliz. 
O amor é um caos, o amor é uma ordem. 
O amor é um mágico. 
E um palhaço. 
E uma criança. 
O amor é um prisioneiro. 
E um guarda. 
Uma sentença. 
O amor é um guerrilheiro. 

O amor comanda-te. 
O amor ordena-te. 
O amor rouba-te. 
O amor mata-te. 
O amor lembra-te. 
O amor esquece-te. 
O amor respira-te. 
O amor sufoca-te. 
O amor é um sucesso. 
E um fracasso. 
Uma obsessão. 
Uma doença. 
O rasto de um cometa. 
Um buraco negro. 
Uma estrela. 

Um dia azul. 
Um dia de paz. 
O amor é um pobre. 
Um pedinte. 
O amor é um rico. 
Um hipócrita, um santo. 
Um herói e um débil. 
O amor é um nome. 
É um corpo. 
Uma luz. 
Uma cruz. 
Uma dor. 
Uma cor. 
É a pele de um sorriso. 


By Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

In:

Nenhum comentário:

Postar um comentário