O amor é o início.
O amor é o meio.
O amor é o fim.
O amor faz-te pensar, faz-te sofrer,
faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo.
O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar.
O amor castiga-te.
O amor compensa-te.
O amor é um prêmio e um castigo.
O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio.
O amor é alegria.
O amor é tristeza.
É ciúme, orgasmo, êxtase.
O nós, o outro, a ciência da vida.
O amor é um pássaro.
Uma armadilha.
Uma fraqueza e uma força.
O amor é uma inquietação, uma esperança,
uma certeza, uma dúvida.
O amor dá-te asas, o amor derruba-te,
o amor assusta-te, o amor promete-te,
o amor vinga-te, o amor faz-te feliz.
O amor é um caos, o amor é uma ordem.
O amor é um mágico.
E um palhaço.
E uma criança.
O amor é um prisioneiro.
E um guarda.
Uma sentença.
O amor é um guerrilheiro.
O amor comanda-te.
O amor ordena-te.
O amor rouba-te.
O amor mata-te.
O amor lembra-te.
O amor esquece-te.
O amor respira-te.
O amor sufoca-te.
O amor é um sucesso.
E um fracasso.
Uma obsessão.
Uma doença.
O rasto de um cometa.
Um buraco negro.
Uma estrela.
Um dia azul.
Um dia de paz.
O amor é um pobre.
Um pedinte.
O amor é um rico.
Um hipócrita, um santo.
Um herói e um débil.
O amor é um nome.
É um corpo.
Uma luz.
Uma cruz.
Uma dor.
Uma cor.
É a pele de um sorriso.
By Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
In:
Nenhum comentário:
Postar um comentário