domingo, 19 de maio de 2013


SOLIDÃO EM PEDRA


Solidão
teu nome não se escreve em pedra
de pedra
teu nome se esculpe
no coração tatua

a mente atormentada
venera , de pedra , as esculturas
carrega-se nos ombros
pelas ruas
rios
praias
e à noite ah como queima
estrela de fogo
que nem lágrimas apagam

Solidão como cortar tuas correntes
de pedra que impedem 
a vida

Solidão
solidão de pedra
morte
pranto
companheira do nada
do nada da vida por ti devorada


Bruno Junger Mafra - A Valsa Esquecida , p. 121


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