domingo, 19 de maio de 2013


Corro para banheiro, chuto azulejos, desconto as minhas raivas na pia encardida. Sabendo que também não adianta porra nenhuma. Chuto mais ainda, com mais força, por sabê-lo. E volto mais emputecido ainda... impotência imponente dedilhando carícias meigas e delicadas no teclado, uma vez mais. Para dizer, da forma mais inútil e cretina possível, que do lado de cá dos portões de madeira resta eu, múltiplo, esvaído, e paradoxalmente transbordante desse meu amor sem vergonha de vícios vagabundos. Não adianta, eu sei. Mas é tudo que tenho.


E eu entrego tudo para você! 


Literatura do Desassossego




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