A gente se envolve, traz a pessoa pra dentro da tua vida, do teu dia, do teu peito, do teu corpo, da tua esperança, do teu bem querer. A gente se ilude, por um momento nos permitimos iludir-se. Quem dera eu pudesse manter uma ilusão por alguns vários anos. Perdi muito durante toda minha vida amorosa por culpa dessa minha incrível bravura masoquista.
Pra que a verdade sempre?
Porque não posso apenas não ver, não enxergar a farsa?
Porque tenho que ser tão esclarecida, tão resolvida, tão perfeitamente certa sobre como as coisas são ao meu redor, quando a única que fica vazia sou eu? Quando a única que chora, que sente falta, que se sente só, sou eu.
Antes só do que infeliz?
E ser infeliz só, não seria pior?
Queria por um momento esquecer que gosto das coisas certas, que quero amor verdadeiro, que preciso de alguém que me ame de verdade, com atitudes, palavras, gestos e permanência... e lembrar que apenas ter alguém do lado pode ser algo que vale a pena.
Pra que tanto amor hollywoodiano?
No Paraguai as pessoas também são felizes.
Kelly Maia
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