terça-feira, 11 de junho de 2013


DE UM CERTO AMOR:


O amor é o sentimento mais certo;
no amor, é tão certo o oito como é o oitenta ou o oitenta e oito.
No amor, se te derretes, é mesmo assim,
mas se te sentes forte, é assim também.
Se roças os dedos no peito e sentes as cócegas por dentro
é, por certo, o amor;
se sentes essas cócegas por dentro sem que nada te toque
é, sem erro, o mesmo amor.
Se padeces de um vazio que te enche demais
ou te sentes cheio de coisa nenhuma, 
definitivamente, isso é também amor.
E é amor, com toda a certeza,
os ponteiros dos segundos, de todos os relógios do mundo, 
que se mexem uma vez por hora quando chegas primeiro
ou o último minuto de um encontro com tempo que falta.
O mais certo 
é que tu estejas doente de amor quando o exame prova que não tens nada,
e que tentes a cura com um sorriso só, de toma repetida – 
ficas dependente!
O mais certo
é que tu te ames a ti mesmo por tanto amares alguém com tamanha certeza,
e por teres acertado.



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