Uma vez e nada mais
Decifrei hieróglifos do amor maior,
estive com o coração na boca,
estabeleci normas para minha jornada,
cavei buracos de dor,
caminhei a andança dos desesperados,
experimentei uma dança de morte.
Obtive a credencial dos flagelados,
estipulei o preço a pagar,
fui cavaleiro de sete espadas,
calei o estupor do grito,
morri para as minhas maldades,
glorifiquei a distorção dos sentimentos.
Tudo isso fiz,
em decisão a um coisa só:
A esperança de postar-me ereto
frente às vicissitudes da vida.
Se consegui meu intento?
Tendo a existência por testemunha
digo que sim...
Mas se me perguntar
se faria tudo de novo,
digo que não...
A vida não acredita em repetições.
Ou fazemos uma vez
ou nunca mais.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
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