É na noite que as minhas mãos sabem que têm que ser como olhos
– mas, se assim não fosse, lá estaria a vontade da
pele a gritar-lhes, para que te tocassem.
É à luz dos teus olhos que os meus, por seu lado, são como boca,
e te comem, às escondidas dos olhos dos outros.
E é no meio de um “quero-te”, sem palavras tuas,
que a minha língua, dona de si, vê a ponta
da tua como ouvido, e lhe sussurra.
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