Eu tenho medo das surpresas da vida,
das emboscadas sem escapatória, da ironia.
Medo da morte que virá um dia,
como tudo, de um certo modo, vem. Temo a fúria
dos meus inimigos e até dos poucos amigos que guardo.
Medo da fraqueza, do sono, do silêncio, do fim...
Tenho medo de mim
quando não posso comigo e descubro coisas
que não preciso:
ódio, vícios, mágoa...
É medo sim, medo só e de tudo.
Medo das derrotas,
E, lá no fundo,
das grandes conquistas.
Medo de ter que começar de novo,
de ser fraca demais pra certas coisas.
Medo do clima escuro e frio
nos falsos sentimentos...
Medo dos atos e pensamentos.
Medo.
De perder
antes que eu ganhe, de ter que parar antes que acabe.
Antes de tudo: o medo.
De sair de mim e não voltar.
De ser, estar, permanecer, continuar sozinha.
Da culpa ser toda minha.
Das vírgulas, pontos, e principalmente das reticências...
Das perguntas, respostas e incertezas.
Medo do muito.
Medo do nada.
Medo dessa chama acesa que, aos poucos, faz-se brasa.
_Isºldª
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