sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Eu tenho medo das surpresas da vida, 
das emboscadas sem escapatória, da ironia. 
Medo da morte que virá um dia, 
como tudo, de um certo modo, vem. Temo a fúria 
dos meus inimigos e até dos poucos amigos que guardo.
Medo da fraqueza, do sono, do silêncio, do fim...
Tenho medo de mim 
quando não posso comigo e descubro coisas
que não preciso:
ódio, vícios, mágoa...
É medo sim, medo só e de tudo.
Medo das derrotas,
E, lá no fundo,
das grandes conquistas.
Medo de ter que começar de novo,
de ser fraca demais pra certas coisas.
Medo do clima escuro e frio
nos falsos sentimentos...
Medo dos atos e pensamentos.
Medo.
De perder 
antes que eu ganhe, de ter que parar antes que acabe.
Antes de tudo: o medo.
De sair de mim e não voltar.
De ser, estar, permanecer, continuar sozinha.
Da culpa ser toda minha.
Das vírgulas, pontos, e principalmente das reticências...
Das perguntas, respostas e incertezas.
Medo do muito.
Medo do nada.
Medo dessa chama acesa que, aos poucos, faz-se brasa.


_Isºldª

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