sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dita - Márcio Rufino



Quando eu nasci a dita não era cuja e sim dura.
Aos poucos ela foi fingindo que amolecia,
Mas algo embaixo ainda ardia.
Hoje a dureza da dita está escondida, omitida,
Embutida nas línguas, nos sorrisos das titias da política
Nos bons-sensos dos patrões
Na proteção de alguns falsos guardiões.
Que a gente supere a sopa amarga;
O dinossauro na pele de sapo que a gente tem que engolir.
Todo o poema engavetado pelo dedo decepado,
Mas ainda em riste levantado pela dureza triste da dita.

Um comentário:

  1. Me sinto muito honrado em ver um poema meu publicado em tão simpático e charmoso blog. Tudo aqui é de enorme bom gosto desde os escritos até as fotos. Tudo muito bem refinado. Parabéns, querida Roberta. Convido-a desde já a visitar meu blog pessoal http://emaranhadorufiniano.blogspot.com
    Seus comentários serão muito bem vindos. Bjs!!!

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