sábado, 30 de março de 2013



...E assim eu digo um FODA-SE metafísico à parte física da minha alma e por um minuto eu esqueço de tudo o que não me causa tesão e fico quieto. 
Não adianta rodopiar o meu corpo compulsivamente e jogar os meus melhores sorrisos no chão e escondê-los debaixo da terra. 
Não vai adiantar porra nenhuma. 
Mas estampá-los em meu rosto, sem brilho, não vai resolver muita coisa não. Hoje eu tô virado, numa espécie de menstruação mental, uma apoteose de desassossegos, uma passarela descontínua de emputecimentos e de angústias.
Eu não fiz nada desde ontem. 
Não dei uma rapidinha, sem tirar a roupa, e nem peguei um tijolinho qualquer e troquei de lugar... Mas sinto um puta cansaço. 
O esforço mais desgraçado que eu fiz foi trocar a temperatura do chuveiro na hora do banho. 
Por que estou cansado? 
De viver? 
De pensar? 
De lembrar?
E a pergunta mais instigante: 
eu ligo mesmo para isso tudo?
Ah, que se dane!!!!


Literatura do Desassossego
In: https://www.facebook.com/desassossegos.literarios



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