No intimo do nada
Ninguém sentiu saudade
do sonho que nunca aconteceu.
Ninguém lembrou do beijo
que nunca foi dado.
Ninguém sofreu a dor
desmedida do grito do silêncio.
Ninguém relembrou a fragrância
da velha rosa abandonada.
Ninguém foi paragrafo
sendo que nunca tenha sido letra.
Ninguém voltou atras
daquilo que nem ousou em ser.
Ninguém conteve o éter
nem o opio descondito.
Ninguém cobriu com mortalha
as tulipas mortas do jardim!
(02-02-2013)
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