sábado, 10 de março de 2012




Tem apenas um mar à sua frente 
Um mar na noite logo ali quando termina os passos na areia 
Logo depois da ponta dos ventos 
Que balançam os cabelos 
Tem apenas um mar na noite Depois de despir o vestido preto 
De despir o corpo nu de tanta espera 
Depois que a noite abandona o leito 
Depois que a solidão se aquece na brisa 
Para invadir a alma despida 
Quase sem vida 
Tem apenas uma solidão no mar de vestido preto 
Um olhar de leve que ficou sem jeito 
Tem apenas um mar que morreu na noite e não houve outro jeito.



Arnoldo Pimentel

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