quinta-feira, 15 de março de 2012

MURMÚRIO DAS ÁGUAS


 Um grupo de jovens seguia pela estrada de chão com destino a um pequeno sítio onde passariam um retiro durante uma semana, a noite era iluminada apenas pelas estrelas e pelo tímido luar, o silêncio era quebrado pelos grilos e pelas histórias que eram contadas pelos jovens na conversa durante a caminhada. Em certo ponto do caminho no lado direito da estrada viram um ponto branco bem no fundo. A pequena casa branca ficava lá, no fundo, um pouco longe da estrada, tinha portas e janelas verdes, do mesmo verde das folhagens, parecia que alguém estava assistindo tv, pois havia uma claridade, que saia pelas frestas da janela, não havia cerca e para chagar até a casa, um pequena trilha, as roupas, todas de homem secavam no varal,a chaminé soltava fumaça, no fundo um catavento que quase não podia ser visto pelos jovens que cruzavam a estrada, ficava escondido pela noite, bem mais no fundo, depois do catavento havia um pequeno riacho, onde podia-se pescar, passar o tempo, ouvir o murmúrio das águas, sempre limpas naquele pedaço, onde podia-se também sentir a natureza e a solidão dos dias e das noites.
- Quem vive num lugar desses deve ser muito feliz – disse um dos jovens para o outro ao seu lado
- Sim, deve ser muito bom viver num lugar assim, cheio de paz – respondeu o outro jovem


Arnoldo Pimentel

Esse conto faz parte da “Trilogia da Casinha Branca”


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