quinta-feira, 15 de março de 2012

ENQUANTO NOSFERATU PERCORRE A PAISAGEM DA SALA QUE FICOU ESQUECIDA NO VENTO ENQUANTO NOSFERATU PERCORRE A PAISAGEM DA SALA QUE FICOU ESQUECIDA NO VENTO


O silêncio da noite espalha as folhas tímidas caídas das árvores que quase escondem a pequena casa branca com portas e janelas verdes, no fundo do quintal, prisioneira do seu próprio isolamento.
O branco gelo das paredes um tanto úmidas da sala, se mistura com o preto e branco do “Nosferatu” de Murnau , onde a solidão é o próprio ar que respira, o coração que percorre as lembranças, o olhar que vagueia pela paisagem e move a mão em busca da garrafa que está sobre a mesinha de canto ao lado do sofá.


Arnoldo Pimentel


Esse conto faz parte da “Trilogia da Casinha Branca” 


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