"...Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa.
Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo.
Mas distraio-me e faço.
O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade,
mas de uma cedência dela.
Começo porque não tenho força para pensar;
acabo porque não tenho alma para suspender..."
Fernando Pessoa
In:
Livro do Desassossego
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