Apoplexia verbal
E eu que sempre me senti coerente
Astuta, até inteligente sem ser (autoindulgente)
Sempre ri das obtusas, chacoteie as simplórias
Julgava tolas que se arrastavam escravizadas
Papel absurdo, ridículo! Teatro de marionetes
Eu? Nunca! Quem se arrasta é tapete
Quem se curva é mordomo
O manipulado é o fantoche
Ah, saliva expelida ao ar que cai na face...
Não que me conforme, sei do contrassenso
Como se isso me redimisse, mas inconformada declaro:
Cair em contradição não é suficiente
É preciso também ser praticante do disparate
Resignada, nunca... (uma tentativa de indignação?)
Pierrot no circo que tanto ironizei
Encenando atos dos quais sempre fui a Crítica
Escrita sem sentido, (talvez alguém entenda)
Recolho as palavras jogadas com o que sobrou de dignidade
(Além de ser sobra, ainda é pouca).
Laisa Ricestoker
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