quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Finita é esta lua,
Que me bebe a noite,
Teu rosto exposto,
É tela inacabada 
Zelada na arca,

Acesa e cega 
Pela luz do olhar,
Que me chove
Em cada manhã
De cinza pintada,

Debruço-me nos ramos,
Onde as rosas choram,
A tua partida é chegada,
Meus olhos guardam segredos,
Ardentes, fustigados pela brisa,
Grassando-me o fogo do corpo,


Onde estás?!
Não sei se estás… onde estarás
Embuçado, oculto e velado,

Na alma da noite de segredo,
Estás-me sempre…
No beijo sopro do vento!


Cristina Correia





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