Finita é esta lua,
Que me bebe a noite,
Teu rosto exposto,
É tela inacabada
Zelada na arca,
Acesa e cega
Pela luz do olhar,
Que me chove
Em cada manhã
De cinza pintada,
Debruço-me nos ramos,
Onde as rosas choram,
A tua partida é chegada,
Meus olhos guardam segredos,
Ardentes, fustigados pela brisa,
Grassando-me o fogo do corpo,
Onde estás?!
Não sei se estás… onde estarás
Embuçado, oculto e velado,
Na alma da noite de segredo,
Estás-me sempre…
No beijo sopro do vento!
Cristina Correia
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