A divergência entre os maiores pensadores causa uma terceira linha de raciocínio que depois de questionada e discutida faz surgir outra e outras mais. Com isso a ciência tem ganhado mais para a sociedade que perdido. Na vida de um casal, entretanto, este comportamento tem duas portas de entrada e nem uma de saída, apenas algumas frestas. O diálogo é imprescindível, mas a discussão entre as partes é e sempre será inevitável. Quem convence com argumentos acaba criando no outro um sentimento de perda, de despreparo e fragilidade, enquanto o primeiro fica mais autoritário e senhor de todas as situações no entender do companheiro. Alguns dos casais dos que mais discutiam acharam por bem trocar de companhia, mas no amadurecimento dos novos relacionamentos descobriam que nada tinha mudado. Que todos somos muito parecidos, todos temos as nossas próprias convicções pelas quais brigaremos até a última bala. Restava, portanto, uma solução; as frestas como saída. Sair para ficar só.
Sair para esperar que suas razões amadureçam e depois de tudo esquematizado, planejado, voltar ao casamento, caso ainda tenha alguém pretendendo se casar principalmente com uma pessoa que desenvolveu uma estratégia de convencimento tão forte, que certamente preferirá morrer a se convencer que brigar não vale a pena. Discutir talvez também não valha, mas o que fazer, se a omissão e a falta de diálogo são as maneiras mais rápidas e fáceis de matar, cavar e sepultar um casamento? Até os que ganham a briga perdem com ela, porém o silêncio flagela e mata, não só a vida a dois, mas também as pessoas.
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