sexta-feira, 16 de setembro de 2011



FONTE DA SAUDADE

Senti a canção entoada pelo vento
Que vinha flutuando
Pela tênue luz da praça
Que enfeitava o mar naquele recanto

A janela às vezes vacilava
E as cortinas se enrolavam
Em volta do meu rosto

As estrelas cadentes
Beijavam as gardênias
Que decoravam a sala de longe
Respingadas pela água cristalina da fonte

Que ficava atrás da serra
E meus olhos não alcançavam
Porque estavam a ver as gaivotas
Tentando traduzir o som das ondas
Que se quebravam no “fim” do meu mar.

Autor: Arnoldo Pimentel

Nenhum comentário:

Postar um comentário