FONTE DA SAUDADE
Senti a canção entoada pelo vento
Que vinha flutuando
Pela tênue luz da praça
Que enfeitava o mar naquele recanto
A janela às vezes vacilava
E as cortinas se enrolavam
Em volta do meu rosto
As estrelas cadentes
Beijavam as gardênias
Que decoravam a sala de longe
Respingadas pela água cristalina da fonte
Que ficava atrás da serra
E meus olhos não alcançavam
Porque estavam a ver as gaivotas
Tentando traduzir o som das ondas
Que se quebravam no “fim” do meu mar.
Autor: Arnoldo Pimentel
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